“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13412

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Letras
Setor Departamento de Letras
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Tainá Dias de Castro
Orientador NATALIA FONTES DE OLIVEIRA
Título Clarissa Dalloway e Clarissa Vaughan: a busca pela autonomia
Resumo Nesta pesquisa analisamos as obras Mrs Dalloway (1925) e As Horas (1998), de Virginia Woolf e Michael Cunningham, respectivamente, para investigar como as protagonistas Clarissa Dalloway e Clarissa Vaughan moldam suas subjetividades, buscando exercer uma maior autonomia em cada contexto sócio, histórico e cultural. Para isso investigou-se, por meio da literatura comparada, como estas protagonistas moldam suas subjetividades. Entendendo que o tempo é um personagem marcante na trajetória das personagens, é necessário compreender como este age na vida destas mulheres, identificando suas relações com espaços público e privados, discriminando o lugar da moralidade em suas vidas e como a sexualidade é um traço fundamental nas suas identidades, tendo em vista que o livro As Horas tem como cenário a obra Mrs Dalloway. Como metodologia para este estudo utilizamos um arcabouço teórico pautado no estudo da crítica literária feminista e estudos de gênero para auxiliar na investigação da autonomia pautada em diferentes contextos e os estudos de literatura comparada e literatura de expressão inglesa de obras literárias de diferentes épocas e com características semelhantes, assim como os objetos de estudo desta pesquisa. Na análise das personagens Clarissas, notamos que mesmo a inserção de ambas em contextos sociais distintos, há uma convergência de eventos que servem de base para determinar a autonomia em suas vidas, um destes eventos é a festa que ambas planejam dar e como o fato de elas poderem tomar decisões por conta própria nesta ocasião é um fato marcante em suas vidas. No início destes livros ficamos sabendo que são narrados com base em um dia na vida destas personagens, mas como somos constantemente apresentados a episódios dos passados das Clarissas, a impressão que fica é que se passa muito mais do que um dia, pequenos detalhes como o badalar do Big Bang e o atravessar da Fifth Avenue são o que nos lembra que há algo no presente para além do que nos é mostrado através de pensamentos. Ambas personagens passam uma imagem de mulheres felizes no espaço público, porém em seu íntimo, principalmente quando estão sós, demonstram seus verdadeiros sentimentos, como o de frustração. Ao dirigirem-se a seus convidados, empregados, amigos, companheiros e a suas filhas, tentam sempre manter a imagem de mulher ideal, que não cometem erros e que condizem com os ditames da sociedade. A maternidade forçada, imposta pela sociedade na qual viviam ou por uma vontade pessoal de se mostrar capaz de fazer tudo com maestria. Entretanto, também é mais um traço da falta de autonomia em suas escolhas, visto que este ideal é definido com base em escolhas feitas. Mrs Dalloway e Mrs Vaughan surgem para nos mostrar como por mais que as personagens lutem por uma autonomia, ainda se encontram moldadas por uma sociedade patriarcal à mulher mesmo que época na qual esteja inserida permita a execução de ações que em outro tempo eram proibidas.
Palavras-chave Literatura comparada, Autonomia feminina, Subjetividades
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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