Resumo |
Em ensaios de investigação nutricional, onde pretende-se avaliar a resposta das plantas à adubação ao final do ciclo de desenvolvimento, pode-se fazer necessária a produção de mudas com menor quantidade de nutrientes na fertirrigação, para que os nutrientes assimilados durante a fase de muda não interfiram na resposta da planta adulta. Por isso, a fim de investigar se a omissão parcial e total de nutrientes afetam a produção de mudas desenvolveu-se esse trabalho com sementes de alface Vanda (SAKATA®). Estas foram semeadas em bandeja de polipropileno preenchidas com fibra de coco úmida, em delineamento experimental inteiramente casualizado com quatro repetições e dez tratamentos, obtidos a partir da solução de Hoagland e Arnon (1950) modificada. T1: solução completa; T2 a T5: omissão de Ca, Zn, Mn e Cu; T6 a T9: 50% da recomendação de Ca, Zn, Mn, Cu, respectivamente; T10: apenas água. Foram feitas três fertirrigações por semana, encerrando a produção das mudas aos 33 dias após semeio, quando foram avaliados o número de folhas, área foliar, altura e diâmetro do coleto, matéria seca da parte aérea, sistema radicular e total (parâmetros empregados no cálculo do índice de qualidade de Dickson -IQD). Os dados foram submetidos à análise de variância, pelo teste F, e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 1% de probabilidade. Em todos os tratamentos foi possível a obtenção de mudas, entretanto, com diferentes padrões de qualidade. A ausência de nutrientes (T10) afetou o crescimento das mudas levando ao menor número de folhas e área foliar. Adicionalmente, a omissão total ou parcial de Ca também ocasionou redução na área foliar das mudas. Logo, o IQD foi inferior no T10 comparado aos tratamentos completo, com omissão total ou parcial de Zn e Mn e omissão parcial de Cu. Por outro lado, a omissão de Cu e Ca (total ou parcial) produziram mudas estatisticamente iguais a todos os tratamentos. Conclui-se que a quantidade de Ca, Zn, Mn e Cu pode ser reduzida sem prejuízo na qualidade das mudas de alface. |