“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13341

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Engenharia agrícola
Setor Departamento de Engenharia Agrícola
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Kesleyane Pereira Camilo
Orientador LEDA RITA DANTONINO FARONI
Outros membros Marcus Vinícius de Assis Silva, Míria Grasiele Casado da Silva
Título Tempo de saturação e cinética de decomposição do gás ozônio em grãos de pimenta-preta (Piper nigrun L.)
Resumo A pimenta-preta (Piper nigrun L.), conhecida como pimenta-do-reino, pertencente à família Piperaceae, é um dos condimentos mais consumidos no mundo. Após sua colheita é submetida ao processo de secagem para posterior armazenamento. Durante essa etapa, o produto está sujeito a contaminações por poeira, fezes de animais e micro-organismos. As bactérias são patógenos que ameaçam a cadeia produtiva de pimenta-preta e depois da contaminação, é possível que sobrevivam por longos períodos. Investigações científicas têm sido conduzidas para encontrar tratamentos alternativos para descontaminação microbiana de condimentos e uma destas alternativas é a utilização do gás ozônio (O3), altamente oxidante, capaz de inibir o crescimento de micro-organismos em curto tempo de contato. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a cinética de reação do gás ozônio em pimenta-preta. Para obtenção do gás ozônio, foi utilizado um gerador (MyOzone, modelo portátil, Brasil) alimentado com oxigênio comprimido (pureza mínima de 99,99%), com uma vazão volumétrica de 1 L min-1. O ozônio foi quantificado pelo método iodométrico. Para determinar o tempo de saturação e a cinética de decomposição do gás ozônio, foram utilizados 1,8 kg de grãos de pimenta-preta. Os grãos foram acondicionados em uma coluna cilíndrica construída em PVC, com 0,5 m de comprimento e 0,15 m de diâmetro. A concentração de O3 utilizada foi de 13,5 mg L-1 e para o tratamento controle foi utilizado o ar atmosférico. A concentração de ozônio foi monitorada a cada dez min. A massa de grãos de pimenta-preta atingiu o estado de saturação no instante em que a concentração residual de O3 permaneceu constante. Para determinação da cinética de decomposição do gás O3, após a massa de grãos ter sido saturada a injeção do gás O3 foi interrompida e a entrada e saída do gás na coluna cilíndrica foram vedadas. O gás ozônio no espaço intergranular começou a se decompor devido à reação com os grãos. Em seguida, a cada 2 min, foi injetado oxigênio na vazão volumétrica 0,5 L min-1 durante 30 s. O oxigênio foi utilizado para transportar o ozônio em direção à saída e permitir a sua quantificação. Este procedimento foi repetido até que a concentração de ozônio se tornasse indetectável. Os resultados deste estudo indicaram que o gás ozônio reage de maneira intensa com os grãos de pimenta-preta. O tempo de saturação foi atingido depois de decorridas 7 h e 40 min. O modelo cinético de primeira ordem obteve o melhor ajuste para o decaimento do ozônio nos grãos. A constante da taxa de decomposição (k), dada pelo coeficiente angular da equação de regressão, foi de 0,1879 min-1, determinando assim o tempo de meia vida (t1/2) de 3,7 min do gás ozônio para a concentração de 13,5 mg L-1 na massa de grãos de pimenta-preta. Concluiu-se que após a saturação e a interrupção da injeção do gás, a concentração presente no espaço intergranular apresentou um decaimento exponencial ao longo do tempo.
Palavras-chave Micro-organismo, armazenamento, fumigação
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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