“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13330

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Botânica
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Sandy Bastos Martins
Orientador ADRIANO NUNES NESI
Outros membros Daniele de Freitas Parma, Kaík Faria de Souza, Marcelo Gomes Marçal Vieira Vaz, Priscilla Falquetto Gomes
Título Neotarenaya siliculifera gen. nov. et comb. nov: uma nova unidade genética erguida a partir de espécimes brasileiros de Tarenaya (Cleome) siliculifera
Resumo Cleomaceae é uma família botânica, pertencente a ordem Brassicales, com ampla distribuição no globo terrestre. A família, que foi elevada a esse status recentemente, atualmente, possui 26 gêneros e cerca de 270 espécies formalmente descritas. No entanto, mesmo após alguns estudos de filogenia molecular, a família e alguns gêneros da mesma ainda carecem de uma revisão taxonômica sistemática (ex. grupo de espécies Andinas). Nesse quesito, isso inclui o gênero Tarenaya que compreende 37 espécies e apresenta o seu centro de diversidade no Brasil com 22 espécies. Sendo assim, o principal objetivo desse trabalho foi avaliar espécies de Tarenaya brasileiras e entender a relação filogenética entre as quatro series do gênero, que são elas: Spinosae, Hemiscola, Parviflorae e Cleorosea. Para tal, foram coletadas, em diferentes regiões do país, 24 morfoespécies de Cleomaceae, o material foi depositado no herbário VIC da Universidade Federal de Viçosa. No presente estudo, as relações filogenéticas entre membros de Tarenaya e outras espécies de Cleomaceae foram examinadas por meio das análises bayesiana, parcimômia e verossimilhança, usando três marcadores moleculares, incluindo o marcador nuclear (ITS) e dois cloroplastídicos (matk e ndhF), bem como analisados dados morfológicos e ecológicos, seja por observação em campo, análise de exsicatas ou literatura. Nossos resultados revelaram que as séries de Tarenaya são monofiléticas. Sendo assim, dados moleculares, morfológicos e ecológicos apoiam fortemente modificações nomenclaturais adicionais para estes táxons. Portanto, começamos aqui com o tratamento para a espécie T. siliculifera, inicialmente inserida no cluster Cleorosea, é apresentada aqui como um novo gênero monotípico e monofilético Neotarenaya siliculifera (voucher VIC 51801), de acordo com as disposições do Código Internacional de Nomenclatura para algas, fungos e plantas. Além da filogenia molecular, Neotarenaya se diferencia das demais espécies do gênero Tarenaya por apresentar hábito arbustivo, folhas delicadas e minúsculas com 5 folíolos e racemos terminais longos com flores pequenas, gineceu não alongado como nos outros grupos e de formato esférico, fruto sempre com 4 sementes (o que difere dos demais, visto que, em geral, possuem no mínimo 30 sementes cada cápsula). O novo gênero é endêmico da Cadeia do Espinhaço e foi classificado, de acordo com os critérios da IUCN, como vulnerável (VU=D2) devido a sua distribuição restrita. Nesse sentido, nossa descoberta reforça a importância de mais coleta e caracterização de espécimes amostrados de biomas tropicais subexplorados para resoluções taxonômica e sistemática mais precisas.
Palavras-chave Cleomaceae, filogenia molecular, morfologia
Forma de apresentação..... Vídeo
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