Resumo |
A taxa de desemprego é um dos indicadores relevantes para o desenvolvimento econômico de um país, já que, está ligada à geração de renda. Um país com muitos desempregados consome menos, com impactos negativos no consumo e no sistema produtivo, com menor produção das empresas e oferta de trabalho. Com isso a elevação da taxa de desemprego é uma preocupação da equipe econômica do Governo, especialmente no contexto atual, de Pandemia. O objetivo geral deste trabalho foi analisar o mercado de trabalho brasileiro no período pós-decreto da Pandemia. A abordagem é pertinente, uma vez que se espera elevação da taxa de desemprego sob efeito da propagação da COVID-19 e seus impactos sobre a economia brasileira. Utilizaram-se dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua PNAD-IBGE, que possibilitaram realizar comparações entre os períodos que antecedem e sucedem a pandemia no Brasil. Em 2020 o desemprego atingiu em torno de 13,3% e, de acordo com a PNAD deve chegar a 14,5% até setembro, devido à pandemia. Em 2019, a informalidade atingiu 40,8% da população empregada, porém em 2020 houve aumento do desemprego dentro dos informais, 68% dos empregos perdidos foram dos mesmos. O auxílio emergencial implementado em março de 2020, visa minimizar este gargalo, porém tem pouco impacto no longo prazo, com o fim do auxílio, trabalhadores devem voltar a buscar emprego e a oferta será reduzida, o que aumenta o desemprego. O trabalho informal deve aumentar, as empresas irão buscar mais trabalhos terceirizados e trabalhadores com flexibilização, no qual há menor investimento pelas empresas. Um exemplo que ameniza os efeitos da Pandemia sobre o emprego foi a adoção, por empresas públicas e privadas, do home Office, as atividades são feitas na casa do empregado, respeitando o distanciamento social sem gerar aumento do desemprego. Setores considerados não essenciais são os mais afetados pela pandemia, uma vez que no isolamento social o governo permite, via decreto, que apenas os considerados essenciais sejam abertos. Diante disto, cabe ao governo fortalecer medidas para auxiliar os desempregados, rever a Lei 13.467/17 a qual trouxe mudanças nas relações de trabalho e estimular a geração de emprego. Observaram-se alterações na taxa de desemprego neste período, pois as restrições de funcionamento levaram empresas a trabalharem com menos empregados ou fecharem, o que representa um aumento de 1,4% na taxa de desemprego. |