“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13270

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Letras
Setor Departamento de Letras
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Nathália Cardoso Gomes
Orientador GERSON LUIZ ROANI
Título A tensão entre o civilizado e o selvagem no romancce Caetés de Graciliano Ramos
Resumo A figura do índio é, provavelmente, à que mais se recorreu na procura da criação de uma identidade e estética nacional brasileiras. Na tentativa de criar uma narrativa de uma memória nacional, recorreu-se à exploração de locais não atingidos pelo processo civilizatório, ou, em outras palavras, ainda não alcançados pela cultura europeia. Tinha-se como objetivo, portanto, a busca pela originalidade diante da cultura europeia que influenciava fortemente a cultura brasileira. A imagem do indígena, entretando, continua a passar pelo olhar do branco colonizador que cria as dualidades "Bom selvagem" versus "Mau colonizador" e "Mau selvagem" versus "Bom colonizador", ambas com objetivos bem traçados: criar o ethos do colonizador que salva os atrasados colonizados ou o mau colono que perdeu suas essências primitivas e foi corrompido pela sociedade. Ambas as visões não adentram na alteridade, mas refletem sobre o próprio colonizador, sem verdadeiramente considerar os povos nativos. Com isso em mente, o presente trabalho possui como objetivo central discutir a representação do indígena na literatura brasileira e demonstrar de que maneira esta herança, que vem desde as literaturas de viagem, chegam ao Modernismo no romance Caetés, de Graciliano Ramos. Para tal, foi usada como metodologia a revisão bibliográfica. Como aporte teórico, foram utilizados textos que auxiliaram na revisão da história da literatura brasileira, mas principalmente do Modernismo, tais como O romance de 30 (1982), de Dacanal, Literatura e Sociedade (2006), de Antonio Candido e Cultura e Sociedade no Brasil (2011), de Nelson Coutinho. Além destes, foram usados ainda textos da recepção do romance quando de seu lançamento em 1930, tal como Ficção e Confissão (2013), de Antonio Candido e textos de caráter antropológico como Aprender Antropologia (2003), de La Platine. Através deste trabalho chegamos à conclusão de que a representação indígena na literatura brasileira é caricata/estereotipada e passa pelo olhar do intelectual branco, mesmo quando tenta-se desviar da representação dominante, como no caso dos Caetés de Graciliano Ramos.
Palavras-chave Literatura brasileira, Caetés, Graciliano Ramos
Forma de apresentação..... Painel
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