Resumo |
Introdução: Gestão social é um processo gerencial dialógico em que a autoridade da decisão é compartilhada entre os participantes da ação, por isso, todos têm direito a se expressar e interagir. Há vantagens nessa gestão, como: a possibilidade de participação nas decisões do sistema público, direito de expressão e o compartilhamento de ações entre os participantes. No entanto, também existem desafios que permeiam esta modalidade de gestão, como a falta de conhecimento e de interesse dos envolvidos, burocracia e morosidade. Objetivo: Verificar situações práticas de experimentação e aplicação da gestão social e discorrer sobre as vantagens e desvantagens/ dificuldades ou fragilidades que envolvem essa forma de gestão. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritivo-exploratória desenvolvida a partir de uma revisão bibliográfica. Foram feitas pesquisas de artigos no Google Acadêmico e Scielo. Em seguida, foram selecionados os artigos que entravam em conformidade com o tema da pesquisa. Do total de 791 artigos encontrados, selecionou-se três que traziam casos práticos, com diferentes contextos de gestão democrática. A partir destes, foram evidenciados os principais benefícios e fragilidades em aplicar a gestão social. Resultados: Observou-se que dois artigos acentuaram as dificuldades em aplicar a gestão compartilhada. Nestes, verificou-se altos níveis de burocracia, o que dificulta e gera morosidade no processo e também dificulta a participação social naquilo que é de interesse público. Já no último caso prático, é retratado a experiência positiva de gestão escolar, de uma unidade que foi agraciada com um prêmio de referência em gestão. Neste último caso, constatou-se uma relação constante, próxima e recíproca entre os envolvidos. Conclusão: Há uma dificuldade grande em aplicar e estabelecer a gestão democrática diante da burocracia e também morosidade em efetivar as decisões. Ainda, a gestão social também carece de uma mudança cultural, o que é árdua, pois o cidadão deve saber da importância da participação e que nem sempre as soluções são rápidas, como ocorre na gestão privada. O gestor público deve, ainda, ser receptivo à participação do cidadão. Em outras palavras, não basta ouvir. A manifestação do cidadão deve efetivamente interferir na tomada de decisão. Recomenda-se, para futuros estudos, avaliar a possibilidade de reduzir a burocracia, a morosidade e também os custos existentes para promover essa forma de gestão. |