“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13249

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Amanda Pereira dos Anjos
Orientador EMILY CORRENA CARLO REIS
Outros membros Aline Silvestrini da Silva, Fernanda Campos Hertel, Gabriela Castro Lopes Evangelista, Paulo Henrique de Carvalho Costa
Título Desenvolvimento de membrana de hidroxiapatita e policaprolactona na regeneração óssea
Resumo A terapia com biomateriais tem potencial para o tratamento de defeitos ósseos desencadeados por lesões, comumente as fraturas. Estudos demonstraram que a utilização de um biomaterial no local do defeito ósseo pode funcionar como um arcabouço para a migração celular, a capacidade osteocondutora. Atualmente os fosfatos de cálcio estão sendo amplamente utilizados, principalmente a hidroxiapatita (HA) que, devido às suas características biológicas e químicas, se assemelha à fase mineral dos ossos e dentes. Associada a polímeros como a policaprolactona (PCL), forma compósitos osteocondutores com melhores taxas de absorção e capacidade de adaptação a diferentes morfologias de defeitos ósseos. Nesse contexto, pretendeu-se com este trabalho, sintetizar uma membrana porosa, reabsorvível e flexível com matéria prima nacional de HA e PCL para substituição óssea temporária, buscando desenvolver uma membrana com topografia complexa capaz de favorecer a regeneração óssea. Realizaram-se testes com diferentes proporções de PCL e HA sintética (HAP-91 JHS Laboratório Químico): 50:50, 60:40, 70:30, 80:20, 90:10. As amostras de HAP-91 e PCL foram dissolvidas em clorofórmio, éter ou acetona e com auxílio de uma espátula foi depositada uma pequena quantidade da solução em sua forma líquida para formação de cada membrana em papel alumínio. Para formação dos poros foi utilizada a técnica de pulverização ou mistura direta da sacarose, e posteriormente, a membrana foi acondicionada em local aberto e livre de umidade para sua completa secagem. Em seguida, foi realizada a lavagem para retirada da sacarose e posterior secagem, durante 48 horas e esterilizadas por radiação gama. A estrutura da superfície da membrana foi avaliada por Microscopia Eletrônica de Varredura, quanto à topografia da superfície, distribuição e formato dos cristais de HAP-91 expostos (se existentes), presença ou não de poros. Foram também avaliados os diâmetros médios dos poros, obtendo-se posteriormente média e desvio padrão. A utilização do clorofórmio permitiu a melhor e total dissolução dos biomateriais e a proporção de 80:20 de PCL:HAP-91, mantendo uma flexibilidade adequada para manipulação cirúrgica. A técnica de pulverização da sacarose permitiu a formação de poros imprescindíveis para adesão, proliferação e diferenciação celular. Os tamanhos médios dos poros variaram de 66,56µm ±22,94 e 275µm ±49,23 para microporos e macroporos, respectivamente. A membrana apresentou cristais da HAP-91 expostos na matriz da PCL, o que não ocorreu com a técnica de mistura direta da sacarose. Conclui-se que foi possível desenvolver a membrana de HAP-91 e PCL com características desejáveis para favorecer a regeneração óssea, incluindo topografia complexa e flexibilidade.
Palavras-chave biomaterial, medicina regenerativa, osteocondução
Forma de apresentação..... Vídeo
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