Resumo |
Introdução: O uso da simulação têm representado um importante papel na formação de profissionais de enfermagem. Dentro da simulação o debriefing configura-se como parte essencial, pois o conhecimento é consolidado a partir da discussão sobre a prática. Existem diferentes modelos de debriefing, neste estudo os dois modelos comparados foram: Modelo 3D e o Modelo de Gibbs. Modelo 3D é organizado em três etapas, sendo elas desarmar, descobrir e aprofundar. A fase de desarmação leva o indivíduo a expressar os sentimentos vivenciados durante a simulação e prepara para a reflexão em que se propõe a análise e avaliação da performance, caracterizando a segunda etapa. A última etapa, aprofundamento, tem como objetivo fazer conexões entre a simulação e a prática clínica, levando-se em consideração o macroambiente. O Modelo de Gibbs é composto por seis estágios: descrição, sentimentos, avaliação, análise, conclusão e plano de ação. A escolha dessas técnicas se deu devido à distinção de condução do Debriefing e à estrutura de cada uma delas, sendo Debriefing modelo 3D trifásica e Modelo Gibbs multifásica. Objetivo: Avaliar a experiência de estudantes de Enfermagem durante uma sessão de debriefing de acordo com os preceitos do Ciclo de Gibbs em comparação ao Modelo 3D, utilizando a Escala de Experiência com o Debriefing. Metodologia: Estudo quantitativo do tipo ensaio clínico randomizado controlado. Amostra por conveniência, composta por 20 estudantes. O estudo foi desenvolvido em 3 etapas: explanação do projeto, assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e do questionário com as informações sobre os dados sociodemográfico; divisão dos participantes em 2 grupos, controle (GC) e intervenção (GI), e encaminhamentos dos mesmos para participarem de uma sessão de simulação clínica; por fim, os estudantes alocados no grupo controle (GC) participaram da técnica de debriefing seguindo o proposto pelo Modelo de Gibbs e os estudantes alocados no grupo intervenção (GI) participaram da técnica de debriefing seguindo o Modelo 3D. Após a realização do debriefing cada estudante preencheu a Escala de Experiência com o Debriefing. Resultado: Houve predominância do sexo feminino em ambos os grupos, com idade média de 22 anos para o GC e 21 anos para o GI. Nas médias os menores valores atribuídos às experiências com o debriefing estão relacionados ao fator 1 – analisando os pensamentos e sentimentos tanto no grupo controle (média = 4,675), quanto no grupo intervenção (média = 4,5); e os maiores valores atribuídos foram pertinentes ao fator 4 - orientação apropriada do professor no grupo controle (média = 4,966) e ao fator 3 - Habilidade do professor em conduzir o debriefing no grupo intervenção (média = 4,82). Conclusão: Não foi observado diferenças estatísticas significantes entre os dois tipos de debriefing, no entanto verificou-se a importância do mesmo para solidificação do conhecimento adquirido |