“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13246

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Recursos florestais e engenharia florestal
Setor Departamento de Engenharia Civil
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Iara Silva Sampaio
Orientador CARLOS CARDOSO MACHADO
Outros membros CLAUDIO HENRIQUE DE CARVALHO SILVA, DARIO CARDOSO DE LIMA
Título Estabilização enzimática de solo para pavimento de estradas florestais
Resumo As estradas florestais são componentes essenciais no setor e seu planejamento de construção e manutenção é imprescindível para outras operações. Elas são construídas seguindo o relevo local, com menor escala de planejamento e, muitas vezes, não seguindo projetos geométricos específicos. A construção das estradas é uma das etapas mais onerosas da produção florestal, e os materiais utilizados devem apresentar características de resistência mecânica aos esforços causados pelo tráfego de veículos. A grande variabilidade de comportamento dos solos levou ao desenvolvimento de técnicas que possibilitassem o emprego de materiais diversos na construção de estradas. As técnicas de estabilização modificam artificialmente o solo, conferindo-lhe a capacidade de resistir a ações erosivas e aos esforços e desgastes gerados pelo tráfego de veículo em situações adversas. O objetivo do trabalho foi avaliar o potencial do estabilizante enzimático EMC Squared na pavimentação de estradas florestais em dois solos residuais da Zona da Mata de Minas Gerais. No estudo, foram coletadas amostras dos solos e realizou-se um programa de ensaios de laboratório que compreendem: (i) caracterização geotécnica; (ii) ensaios de compactação dos solos naturais e das misturas solo-EMC Squared nas concentrações de 1, 2 e 3% em relação à massa de solo seco, nas energias Proctor normal e intermediária; (iii) resistência à compressão simples dos solos naturais e das misturas solo-EMC Squared nas concentrações de 1, 2 e 3%, nos tempos de cura ao ar livre de 3, 7 e 12 dias, nas energias dos ensaios de compactação Proctor normal e intermediário. Os resultados mostram que, segundo as caracterizações e classificações realizadas, o solo 1 é predominantemente argiloso e o solo 2 é predominantemente arenoso. A adição da solução enzimática em todas as concentrações utilizadas neste estudo não alterou de forma significativa os resultados obtidos pelos ensaios de compactação nos dois solos nas energias de compactação utilizadas. De maneira geral, a adição da solução enzimática reduziu em pequenos níveis a umidade ótima dos solos. Nem todas as combinações de concentração de solução enzimática e tempos de cura resultaram em aumento da resistência à compressão simples em relação ao solo. Para o solo 1, argiloso, a cura de 3 dias apresentou maior ganho percentual de resistência tanto na energia normal quanto na intermediária. Para o solo 2, arenoso, em ambas as energias de compactação, a cura de 12 dias apresentou o maior ganho percentual de resistência. Este estudo reforça as teorias de que a ação de enzimas estabilizantes depende do tempo em que o agente estabilizante atinge os sítios de ligação dos solos. A estabilização química de solo para utilização em estradas florestais pode ser combinada a outros métodos de estabilização, garantindo de forma complementar maiores valores de resistência mecânica.
Palavras-chave Estabilização enzimática, estabilização de solos, estradas florestais
Forma de apresentação..... Painel
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