Resumo |
Os crescentes regulamentos e preocupação ambiental, estão associados ao esgotamento de recursos petrolíferos, descarte incorreto de plástico e emissões de gases poluentes, que ocasionam no interesse de desenvolver materiais ecologicamente sustentáveis. Com isso, vem sendo cada vez mais difundido os estudos de produtos eco – compósitos com matrizes poliméricas que seriam descartadas, combinadas com materiais de insumos renováveis, trazendo ao mercado à ampliação da produção e melhoria de produtos já existentes. Dessa maneira, a realização da presente pesquisa teve como objetivo principal o desenvolvimento de um produto eco – compósito, a partir de polímeros provenientes de copos plásticos descartáveis (poliestireno) e resíduos da palmeira imperial australiana (Archontophoenix alexandrae). Para isso, os resíduos foram divididos em três grupos: caule, bainha e folha, sendo o caule o foco nesta pesquisa e utilizado para servir de reforço para matriz polimérica. A biomassa foi misturada ao poliestireno através de dois diferentes procedimentos para formação dos eco – compósitos, que foram testados, variando-se a inclusão ou não da solubilização do polímero. Ademais, adotou-se a adição da biomassa em poliestireno solubilizado em clorofórmio (CHCl3), em diferentes proporções com posterior formação de filme da mistura por meio de evaporação do solvente. O primeiro procedimento adotado foi o de utilização do poliestireno solubilizado e realização de uma hidrólise ácida das fibras naturais do caule, utilizando ácido sulfúrico (H2SO4) e ocasionando na mistura dos dois. O segundo procedimento foi do branqueamento das fibras, a partir de uma hidrólise básica com NaOH e água sanitária. Os eco – compósitos formados foram caracterizados e analisados a partir do Testes de Dobras Duplas no Folding Enddurance Tester da marca MIT e, por meio de uma microscopia em um Microscópio Olympus Cx30. Os resultados indicaram que o procedimento de hidrólise ácida nas fibras não é efetivo, pois não permite que se façam análises visuais mais profundas por não retirar a parte amorfa da fibra, como também não apresentou resistência a flexibilidade no Teste de Dobras Duplas. Enquanto que, com a hidrólise básica, pode – se garantir uma maior cristalinidade e granulometria das fibras, permitindo assim que a mistura com o polímero seja mais efetiva, fazendo com que se forme um material com maior aderência. Portanto, o caule da palmeira imperial australiana (Archontophoenix alexandrae) se mostrou um reforço interessante para matrizes poliméricas com a realização do branqueamento da fibra, sendo necessário a realização de outros testes de resistência mecânica. |