“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13232

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática História
Setor Departamento de Educação Física
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Gabriel Gomes de Oliveira
Orientador ANDERSON DA CUNHA BAIA
Outros membros Pedro de Oliveira Milagres
Título Discursos higienista e eugenista na Escola Superior de Agricultura e Veterinária (1940-1948)Discursos higienista e eugenista na Escola Superior de Agricultura e Veterinária (1940-1948)
Resumo A Escola Superior de Agricultura e Veterinária (ESAV), foi idealizada pelo então presidente do estado de Minas Gerais Arthur da Silva Bernardes, que buscava desenvolver uma instituição de ensino destinada a superar o empirismo existente na agricultura e na veterinária nacional. Através do apoio político e legislativo, em 30 de março de 1922, por meio do decreto n° 6.053 foi criada a ESAV, sendo inaugurada no dia 28 de agosto de 1926 na cidade de Viçosa. A escola pretendia ministrar o ensino prático e teórico nos campos da agricultura e veterinária, além de realizar experimentos em ambas as áreas de conhecimento. As atividades na ESAV estavam sempre sintonizadas com as principais ideias circulantes, buscando propagar conhecimentos, tradições e crenças dentro das ciências agrárias em âmbito nacional e internacional, sendo os periódicos produzidos pela instituição os principais meios de propagação, dentre eles destacamos a Revista Seiva que foi criada em agosto 1940. O conteúdo da revista era organizado em artigos, entrevistas e palestras, que constituíam ensaios de informação e divulgação do que era desenvolvido na ESAV. O vínculo institucional com o desenvolvimento nacional abria espaço para a inserção de correntes de pensamentos tidas como essenciais ao progresso nacional, dentre elas o higienismo e o eugenismo, que chegaram ao Brasil na segunda metade do século XIX e na primeira metade do século XX, com objetivo de contribuir com o progresso nacional através da melhoria da composição social brasileira, auxiliando em sua constituição, caracterizada pela ampla miscigenação racial, além de propor a inserção de hábitos higiênicos, como forma de proteger a população das doenças. Nesse sentido, este estudo objetiva analisar como os discursos higienista e eugenista se fizeram presentes na ESAV, e em seu processo formativo, contribuindo com a educação do corpo dos esavianos. Foram selecionados 28 números da revista seiva, publicados entre 1940 e 1948. A pesquisa esteve orientada a partir do mergulho nas fontes, tendo como eixo de catalogação os indícios de circulação de saberes e práticas higiênicas e eugênicas. A revisão de literatura constante sobre o tema, aliado a exploração dessas fontes, levou à construção de uma estrutura de análise que permitiu chegarmos a uma versão sobre a presença dos discursos higienistas e eugenistas na instituição. Foi possível perceber que juntamente à caracterização dos problemas do campo e dos rurais, a revista estampava conhecimentos higiênicos e eugênicos que instruíam seus leitores quanto à emergência de sua mudança e o papel preponderante que a ESAV e os esavianos ocupavam naquele cenário. Para além do desenvolvimento econômico do estado e Minas Gerais e do Brasil, a instituição deveria estar preparada, através da formação ofertada pela ESAV, para contribuir para o aprimoramento da saúde e da raça onde seus alunos atuassem.
Palavras-chave ESAV, Higienismo, Eugenia.
Forma de apresentação..... Painel
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