“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13228

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade do Estado da Bahia
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Geografia
Setor Departamento de Educação
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Sim
Primeiro autor Érica Vieira Souza
Orientador Glauber Barros Alves Costa
Título A precarização do trabalho dos professores contratados pelo REDA
Resumo A educação acompanha as demandas do mercado neoliberal, e nos últimos anos vem crescendo o número de contratações pelo Regime Especial de Direito Administrativo (doravante denominado REDA). Dentre os profissionais da educação, temos os professores de Geografia, que vivenciam a precarização de sua profissão através da flexibilização do trabalho em contratos temporários. A pesquisa faz parte de um estudo em nível de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ensino, Linguagem e Sociedade da Universidade do Estado da Bahia (UNEB-Campus VI), tem como objetivo principal compreender a precarização do trabalho do professor de Geografia que trabalham pelo REDA na rede estadual de ensino na Bahia, analisando a sua forma de contratação e as suas condições de trabalho. A metodologia adotada consiste numa pesquisa qualitativa fundamentada na pesquisa bibliográfica e na pesquisa documental, com obtenção de dados através de questionários aplicados aos professores de Geografia. O estudo propõe à análise do REDA através da teoria do Milton Santos (2003): O REDA como fábula, como perversidade e como possibilidade encontrada na introdução do livro ‘Por uma outra Globalização’, aonde o autor define: “O primeiro seria o mundo tal como nos fazem vê-lo: a globalização como fábula; o segundo seria o mundo tal como ele é: a globalização como perversidade; e o terceiro, o mundo como ele pode ser: uma outra globalização (p.18)”. Nesse sentido, o REDA é uma fábula, pois a ilusão de processos seletivos pela Secretaria de Educação do Estado mascara a realidade de um regime de contratação temporário de professores. O REDA como perversidade fazer referência às condições às quais o professor está submetido, revela a carência e a negação de direitos trabalhistas. O contrato pelo REDA tem um tempo curto de dois anos, podendo ser renovado por igual período. Ser professor de Geografia no REDA é estar condicionado à precarização do trabalho docente, pois trabalha 20 horas semanais, não disponibilizando de tempo suficiente para dedicação exclusiva, isto é, a uma única instituição, ou seja, existe muita rotatividade entre os docentes REDA, pois tendem a trabalharem em várias unidades de ensino, aumentando sua carga horária de trabalho. O REDA como possibilidade de ser melhor se dará através da luta sindical, quando a categoria unir-se para lutar pelos seus direitos trabalhistas. Através da investigação exploratória é perceptível o desejo dos professores por melhores condições de trabalho, de contratação, de salário e pela valorização da carreira. Diante os resultados, chega-se a conclusão da necessidade da filiação sindical dos professores, pois os sindicatos são os melhores organismos formativos para valorização e reflexão para construção de uma nova identidade do professor de Geografia na contemporaneidade diante as intensas formas de precarização e flexibilização do trabalho.
Palavras-chave Condições de trabalho, Precarização do trabalho, REDA
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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