“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13193

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Saúde coletiva
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Clayver Viktor Moreira de Azevedo
Orientador DEISE MOURA DE OLIVEIRA
Outros membros Amanda Morais Polati, Gian Batista Carmo
Título A saúde mental de docentes de uma universidade pública de Minas Gerais
Resumo Introdução: a palavra sofrer significa suportar a dor física ou moral. O sofrimento está intimamente conectado à saúde mental, perpassando desde transtornos mentais graves (como a depressão) até os transtornos mentais comuns (como insônia, falta de apetite, etc.). Transtornos psíquicos atingem frequentemente profissionais docentes, levando a um quadro de “mal-estar docente”, gerado pelo desânimo e desinteresse pela profissão. Tais fatores afetam a saúde mental dos docentes e são geradores de sofrimento nesse público. Deduz-se que o processo de trabalho do docente, caracterizado por múltiplas tarefas, gera uma sobrecarga de atividades que podem impactar sua saúde mental, tornando-se relevante estudos que se debrucem sobre esta temática. Objetivo: compreender como a experiência de ser docente impacta a saúde mental de docentes inscritos em uma Universidade Pública de Minas Gerais. Metodologia: estudo qualitativo realizado com 13 docentes em exercício ativo da profissão. Os dados foram coletados nos meses de abril e maio de 2019 por meio de entrevistas individuais e abertas, orientadas por um roteiro semi-estruturado. Os dados foram analisados a partir da técnica de Análise de Conteúdo de Bardin. A presente pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos (CEP/UFV), inscrita sob o parecer nº 2.804.503 (CAAE nº 91939318.7.0000.5153). Resultados: emergiram no presente estudo três categorias temáticas: “Impactos negativos à saúde mental do docente; “Processo de enfrentamento do docente na proteção da sua saúde mental” e “Expectativas docentes para a promoção da saúde mental”. A primeira categoria se refere às repercussões negativas que a experiência da docência produz à saúde mental deste público, muitas vezes refletindo na saúde física desses profissionais. Destaca-se os impactos oriundos da sobrecarga de trabalho, as dificuldades nas relações interpessoais, e o contexto macropolítico, que muitas vezes gera uma certa desmotivação com a carreira docente. A segunda categoria remete ao enfrentamento docente frente às questões que fragilizam a sua saúde mental, compreendidas como repercussões positivas para a sua proteção. Já a terceira categoria traz as ações que os participantes acreditam figurar como promotoras da saúde mental docente, seja no contexto universitário ou fora dele. Conclusão: o presente estudo mostrou que o ambiente universitário se mostra como um local de intenso prazer e sofrimento, podendo levar o docente tanto ao bem-estar quanto ao sofrimento e adoecimento mental. Evidencia-se que o adoecimento mental do docente está posto, porém é invisibilizado pelas instituições de ensino, pelos colegas de trabalho e muitas vezes por ele mesmo. Por isso é importante pensar em estratégias de visibilizar e atuar nesta dimensão, considerando os desdobramentos que o adoecimento mental do docente pode gerar para si, seus colegas, educandos e para a educação como um todo.
Palavras-chave Saúde Mental, Docentes, Universidades
Forma de apresentação..... Vídeo
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