“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13183

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Hellen Magela Barreto
Orientador FABIANA AZEVEDO VOORWALD
Outros membros Daniela Tavares de Lima, Mirtes Martins, Monytchely Vieira Lima, TATIANA SCHMITZ DUARTE
Título Eletroquimioterapia associada à doxorrubicina sistêmica para tratamento de carcinoma de células escamosas recidivante em Mainecoon
Resumo Entre as neoplasias cutâneas dos felinos, o carcinoma de células escamosas (CEC) é a mais comum. Apresenta baixo índice metastático, porém é localmente invasivo e altamente recidivante. As áreas de maior incidência são plano nasal, região de pina de orelha e área periocular com hipopigmentação, associada à exposição excessiva à luz ultravioleta. Observa-se resultados mais eficazes quando se associa ressecção cirúrgica e terapia adjuvante. A eletroquimioterapia tem a finalidade de aumentar a eficácia de quimioterápicos melhorando sua absorção pelas células tumorais, devido ao aumento da permeabilidade das membranas, causado pela eletricidade por ela gerada, controlando o crescimento tumoral com poucos efeitos colaterais. Objetiva-se relatar o caso de um felino Mainecoon, 10 anos, submetido à biópsia excisional para diagnóstico de CEC em plano nasal. Foi realizada criocirurgia com pulverização de nitrogênio líquido em ângulo de 90° à 1cm da lesão, até formação de halo de tecido congelado de 5mm. Nas três primeiras sessões de crioterapia, o paciente apresentou melhora significativa no aspecto macroscópico da lesão, mas após a 4ª e 5ª sessões, houve crescimento tumoral abundante e metástase em periodonto do canino inferior direito. Optou-se pelo tratamento com eletroquimioterapia. O paciente foi submetido à aplicação de doxorrubicina intravenosa na dose de 1mg/kg 24h antes da ressecção tumoral. Procedeu-se exérese tumoral e aplicação de bleomicina via intravenosa na dose de 15U/m, série de 8 pulsos, em onda quadrada monopolar, de amplitude 1000 V/cm, por 100 µs cada, em frequência de 1Hz. O defeito cirúrgico foi fechado utilizando-se flap de avanço subdérmico. O paciente apresentou edema significativo em toda a região de face, cavidade oral e nasal, resultando em dor local intensa, dificuldade respiratória e anorexia. Procedeu-se alimentação com sonda faringogástrica por 21 dias, até retorno ao apetite após quatro dias da utilização de mirtazapina. A extremidade distal do flap subdérmico apresentou necrose tardia, 20 dias após o procedimento. A eletroquimioterapia vem se mostrando eficaz no tratamento do CEC em plano nasal de felinos, porém, sua utilização em tumores na região da cabeça ainda é limitada devido aos possíveis efeitos colaterais, extensa lise tumoral e necrose local. A literatura indica sucesso da crioterapia, apenas para o carcinoma in situ, o qual ainda não rompeu a membrana basal. No caso relatado, a utilização precoce da eletroquimioterapia poderia ter evitado as recidivas ocasionadas pelo insucesso da criocirurgia. Entretanto, o acesso à profissionais que realizam tal técnica, ainda é limitado no Brasil. A técnica reconstrutiva utilizada foi comprometida pela necrose ocasionada pela eletroquimioterapia. Sendo assim, deve ser avaliada a possibilidade de manter a ferida cirúrgica aberta, até completo avanço da necrose local, para que a reconstrução possa ser realizada sem intercorrências em procedimento mais tardio.
Palavras-chave oncologia, felinos, quimioterapia
Forma de apresentação..... Painel
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