“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13180

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Zoologia
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde - Campus Florestal
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Igor Henrique Rodrigues Oliveira
Orientador KARINE FREHNER KAVALCO
Outros membros RUBENS PASA
Título Variação da forma em Psalidodon rivularis no Alto rio São Francisco, e as diferenças na forma de P. aff rivularis do Médio rio São Francisco.
Resumo Psalidodon rivularis é uma espécie de lambaris endêmica da bacia do Alto rio São Francisco, trabalhos envolvendo citogenética e biologia molecular vem demonstrando que P. rivularis representa na verdade um complexo de espécies. O objetivo do presente trabalho é a caracterização morfológica de 6 populações de P. rivularis, e 1 população de P. aff. rivularis da bacia do médio rio São Francisco (córrego Crico, sub-bacia rio da Prata), através da morfometria geométrica. Os espécimes utilizados neste trabalho se encontram na coleção de Vertebrados da Universidade Federal de Viçosa - Campus Rio Paranaíba. Ao todo foram fotografados 174 indivíduos, e em cada um foram digitalizados 17 landmarks no software TPSDig2. No software MorphoJ 1.06 foram definidos como classificadores pontos de coleta e sub-bacias hidrográficas e realizadas as análises de GPA, Procrustes ANOVA, Regressão, e CVA. Com base nas distâncias de mahalonabis obtidas na CVA fenogramas utilizando o algoritmo de UPGMA foram construídos no software Paup 4.0 e visualizados no MorphoJ 1.06. Os testes de Procrustes ANOVA rejeitaram a hipótese de nulidade para ambos os classificadores (p < 0.0001), a regressão evidenciou uma influência significativa do tamanho na forma dos espécimes (p < 0.0001) associada ao crânio, órbitas e placa sub-orbital. Na CVA para pontos de coleta cada população ocupou uma distribuição limitada no morfo-espaço, com hipótese de nulidade sendo rejeitada entre cada uma (p < 0.05), sendo que ambos os eixos parecem estar relacionados a diferentes combinações de altura corporal e recuo da placa sub-orbital. Todas as sub-bacias se estruturaram no morfo-espaço da CVA (P < 0.01), sendo a CV1 relacionada a altura do corpo, e CV2 a robustez na região anterior do corpo e recuo da placa sub-orbital. No Fenograma para pontos de coleta foi possível observar três clados relacionados a altura corporal: baixa (córrego da Espinha e rio Funchal), média (córregos Lage e Crico) e alta (Lagoa Usina do Abaeté, rios Vereda Grande e Bandeirinhas). No Fenograma para Sub-bacias foi possível observar dois clados principais, um composto pelas populações com maior altura corporal (rios São Francisco e Cipó) e outra com as populações do Alto Paranaíba (rios Abaeté e Indaiá), enquanto que o rio da Prata ocupou uma posição basal, distinguindo-se pelo diâmetro da órbita, recuo da placa sub-orbital, e robustez ventral do crânio. Nosso estudo demonstrou particularidades morfológicas em cada população amostrada, principalmente relacionadas a altura do corpo e recuo da placa sub-orbital. Vários trabalhos com peixes relacionam a altura corporal com a velocidade da água. Quanto ao recuo da placa sub-orbital, apesar de não ter sido explorada em trabalhos anteriores de morfometria geométrica envolvendo o gênero Psalidodon, nosso trabalho mostra um potencial taxonômico ou ecológico na mesma, marcando a principal diferença das populações do Alto rio São Francisco e do médio rio São Francisco.
Palavras-chave Morfometria Geométrica, Ictiofauna, Morfologia
Forma de apresentação..... Vídeo
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