“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13171

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Enfermagem
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Maria Eduarda Silva Rosa
Orientador João Vitor Andrade
Outros membros Iara Pereira da Silva, Juliana Cantele Xavier, Thales Lemos Pimentel, Wesley Abijaude
Título Bastidores de uma pandemia: análise dos índices de violência doméstica contra a mulher
Resumo Introdução: A pandemia de COVID-19 (Doença por Coronavírus-19), tornou-se uma emergência de saúde pública. E como forma de minimização da transmissão comunitária, foram impostas medidas de combate à pandemia, dentre elas destaca-se o distanciamento social. Todavia, apesar de ter sido eficaz na diminuição do número de infectados, tal medida colaborou para o aumento dos índices de violência contra a mulher em todo Brasil. Objetivo: analisar os índices dos casos de violência doméstica durante a pandemia. Metodologia: estudo quantitativo, com dados secundários disponíveis no Fórum Brasileiro de Segurança Pública, representados nas notas técnicas intituladas “Violência Doméstica durante a pandemia de COVID-19” (Edições 01, 02 e 03). Os dados coletados e analisados compreendem uma comparação entre os meses de março a julho dos anos 2019 e 2020. As variáveis analisadas foram os registros de boletins de ocorrência, medidas protetivas de urgência, atendimentos de violência pela Polícia Militar, menções relacionadas a brigas entre vizinhos no Twitter e taxas de feminicídio. A pergunta norteadora utilizada foi: Como a pandemia de COVID-19 impactou os índices de violência doméstica contra a mulher? Resultados: houve queda nos registros de boletins de ocorrência no mês de março de 2020 (primeiros dias de isolamento) em comparação com março de 2019. O estado do Maranhão foi o mais afetado, com diminuição de 84,6% na emissão do documento, seguido pelo Rio de Janeiro (40,2%) e Ceará (26%). Outros estados não notificaram os dados em relação à temática, sendo esse um empecilho para a análise. Nota-se uma variação na concessão de medidas protetivas de urgência, uma vez que o estado de São Paulo reduziu o número de medidas concedidas em 11,6% em 2020, comparado a 2019. Acompanhado pelo Acre (30,7%), Rio de Janeiro (30,1%) e Pará (12,5%). Conquanto, os atendimentos iniciados no 190, movidos por relatos de violência doméstica, cresceram 44,9% em relação ao mesmo período. Fato semelhante ocorreu com as menções no Twitter relacionando brigas entre vizinhos, que registrou aumento de 431%, sugerindo uma possível subnotificação nas instancias responsáveis. Quanto ao perfil dos relatos em rede social, a maioria das postagens foi publicada por mulheres, às sextas-feiras no período noturno. As taxas de feminicídio também sofreram aumento, tendo quadruplicado no Acre e quase dobrado no Mato Grosso. Conclusão: demarca-se significativa redução na emissão de boletins de ocorrência e concessão de medidas protetivas de urgência no período pandêmico. Porém, teve-se aumento nas denúncias de violência doméstica por atendimento no 190, nos relatos em redes sociais de brigas entre vizinhos e nos casos de feminicídio. Ratifica-se então a ocorrência de subnotificação e a restrição de acesso à segurança durante a pandemia. Por fim, demarca-se a necessidade de fortalecimento no combate à violência doméstica contra a mulher.
Palavras-chave Violência Doméstica, Pandemia, Infecções por Coronavírus.
Forma de apresentação..... Painel
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