Resumo |
INTRODUÇÃO: A enfermagem desde seus primórdios pauta suas ações no cuidado holístico ao ser humano. Neste ínterim, destaca-se o desafio da profissão, haja visto, que para o cuidado holístico a formação profissional deve ser pautada no holismo. Para minimizar este desafio relacionado a formação em enfermagem, tem-se as Diretrizes Curriculares Nacionais de Enfermagem. Instituídas pela resolução nº 573 de 31 de janeiro de 2018, que preconiza uma formação generalista, humanista, crítica e reflexiva. O cerne desta formação são as necessidades sociais em saúde, a atenção à saúde dos indivíduos e a singularidade pessoal e coletiva, no que tange os cuidados de enfermagem. Entretanto, percebe-se que o preconceito e a discriminação na assistência em saúde às populações negligenciadas, persistem. Em decorrência disso, ambientes de atendimento que deveriam ser acolhedores e empáticos, tornam-se hostis e contribuem com o afastamento dos indivíduos. Portanto, é elementar a inclusão de disciplinas específicas sobre os temas de diversidades de gênero, étnicas, LGBTI+, dentre outros. Ante ao supra referido, visando minimizar as lacunas na formação em enfermagem, o movimento estudantil de enfermagem vem desenvolvendo espaços de discussão através dos setoriais de combate a opressão. OBJETIVO: Discorrer sobre a experiência de acadêmicos de enfermagem na participação de setoriais do movimento estudantil de enfermagem. DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS AÇÕES: A Executiva Nacional dos Estudantes de Enfermagem (ENEEnf) é o órgão máximo de representação dos estudantes de enfermagem no movimento estudantil. A mesma tem por bandeiras de luta a formação política, a valorização da classe profissional e a defesa do Sistema Único de Saúde. A ENEEnf se organiza por meio das coordenações geral e regional, possuindo pastas temáticas e setoriais de diálogo e combate as opressões. Por meio desta organização, tem-se a execução de eventos fomentadores de discussões e debates, através de palestras, rodas de conversa, relatos pessoais, dinâmicas em grupo e reuniões dos setoriais de cada eixo temático. RESULTADOS: Os setoriais de combate as opressões visam o desenvolvimento de discussões sobre diversidade sexual, racial e de gênero, tendo enfoque a assistência em saúde, as especificidades e as vivências dessas populações, além de discutir os desafios que o Sistema Único de Saúde tem para garantir o direito a atenção em saúde desses indivíduos. Esses espaços de discussão, além de modificar a ótica dos estudantes, também possibilita o desenvolvimento do pensamento crítico e instiga os alunos a necessidade de levar esses debates para a formação e consequentemente para a vida profissional. CONCLUSÃO: Mediante a experiência, acredita-se que uma formação pautada no conhecimento das diversidades sexuais, de gênero e raça, possibilita o desenvolvimento de profissionais capazes de praticar o cuidado em enfermagem com singularidade, empatia, equidade respeitando as especificidades de cada indivíduo. |