“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13123

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Ciência e tecnologia de alimentos
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Lahys Christiny Gomes Portugal
Orientador JANE SELIA DOS REIS COIMBRA
Outros membros Camila Santiago Saraiva, EDUARDO BASILIO DE OLIVEIRA
Título Estruturas supramoleculares formadas pelas proteínas β-lactoglobulina e lactoferrina: estudo da estabilidade, da capacidade de incorporação de riboflavina e do perfil cinético de liberação controlada em condições gastrointestinais
Resumo Atividades associadas à nanociência e nanotecnologia crescem e criam inúmeras oportunidades para diversos mercados, dentre os quais o da indústria alimentícia. Proteínas são materiais sensíveis às variações de pH, à ação enzimática e aptas para a formação de nanoestruturas em produtos alimentícios. Assim, em tamanho nanométrico, podem ser usadas, para além de sua qualidade nutritiva no carreamento de outras substâncias com valor nutricional. Dentre as diferentes proteínas, a β-Lactoglobulina (β-Lg) e a Lactoferrina (Lf), de alto valor nutricional e que estão presentes no soro do leite bovino, são propícias à formação de nanoestruturas com potencial carreador de compostos bioativos. Neste contexto, o presente trabalho visou (1) a formação de nanoestruturas de β-Lg e Lf, (2) a avaliação de sua estabilidade na ausência e na presença de dodecil sulfato de sódio (SDS) ao longo de 60 dias de armazenamento a 4 ºC, (3) a encapsulação da Riboflavina (RBF), uma vitamina com ação antioxidante, e (4) o estudo da cinética de liberação in vitro da RBF encapsulada pelas nanoestruturas em condições gastrointestinais, a 37 ºC. Para a formação das nanoestruturas e encapsulação da RBF, foi utilizada a metodologia de auto-associação com ajuste prévio de pH. A estabilidade das mesmas foi avaliada por meio de medições de raio hidrodinâmico, índice de polidispersividade e potencial Zeta. Para o estudo da cinética de liberação controlada, as nanoestruturas com a RBF encapsulada foram dispostas em uma membrana de diálise imersa em meios simulando as condições gastrointestinais. A concentração de RBF foi mensurada ao longo do tempo. Então, ajustou-se os resultados a um modelo matemático proposto na literatura. As estruturas supramoleculares formadas apresentaram tamanho médio de 42,91 ± 5,60 nm, PDI de 0,242 ± 0,204 e potencial Zeta de 2,66 ± 3,30 mV. A análise de variância indicou que não foram observadas diferenças significativas, de tamanho, PDI e potencial Zeta no período de 60 dias analisado, indicando que o sistema é estável nesse período. Além disso, não foram verificadas diferenças, ao nível de 5%, nos sistemas com presença de SDS. As nanoestruturas mostraram-se propícias à encapsulação da Riboflavina. Uma eficiência de encapsulação de 93,25% e uma capacidade de ligação de 2,80% foi observada na condição de encapsulação para a concentração de RBF de 15 µg·mL-1. O comportamento cinético de liberação da vitamina B2 das nanoestruturas proteicas pode ser explicado por um modelo matemático que considera uma contribuição para a liberação devido ao movimento browniano, explicado pela segunda lei de Fick, e outra contribuição associada à relaxação das matrizes poliméricas. Os valores de pH influenciaram a cinética de liberação. Verificou-se que em pH 2 a contribuição devido à relaxação das nanoestruturas superou a contribuição relacionada ao movimento browniano.
Palavras-chave Nanotecnologia, proteínas do soro do leite bovino, riboflavina
Forma de apresentação..... Painel
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