Resumo |
Este trabalho é resultado parcial dos estudos desenvolvidos durante a pesquisa de iniciação científica, intitulada: “Reformas educacionais e o Banco Mundial: permanências e rupturas nas sugestões para o Ensino Médio”. Esta pesquisa é articulada a outra, concluída em março de 2020, no PPGE/UFV. Desta forma, com esta pesquisa, apoiada pelo CNPq, temos como objetivo principal analisar a influência do Banco Mundial em políticas educacionais brasileiras, mais precisamente na atual reforma do Ensino Médio. Com uma perspectiva neoliberal, o Brasil e outros países latino-americanos conduzem a educação em favor do capital. Registramos o processo tardio de escolarização em vários países latino-americanos, e no Brasil não foi diferente, onde uma série de medidas foram (e são) implementadas para fomentar a agenda neoliberal do empresariado local. A condução desse processo, em termos de acesso à educação básica, é marcada pela manutenção e aprofundamento das desigualdades sociais, culminando em um sistema educacional excludente. Dessa forma, tivemos como objetivos específicos: identificar as recomendações para o Ensino Médio nos documentos do Banco Mundial; analisar quais documentos têm sido objeto de estudo, a partir de teses e dissertações da CAPES e, por fim, identificar quais os principais conceitos incorporados nas reformas propostas para o Ensino Médio. Como metodologia, utilizamos a pesquisa documental, com base teórica no materialismo histórico-dialético. Inicialmente, realizamos um breve estudo de três reformas educacionais; em seguida, nosso trabalho apresenta uma pesquisa mais aprofundada do documento do Banco Mundial (2002), intitulado “Brasil: justo, competitivo e sustentável – Contribuições para Debate (Visão Geral)”. Por fim, apresentamos um levantamento do percurso e da identificação das Teses e Dissertações encontradas, cujo alicerce foi o documento do Banco Mundial supracitado. Em conclusão, através da pesquisa, verificamos que a atual reforma do Ensino Médio tem como objetivo a manutenção da dualidade do ensino, buscando tornar a educação propícia a políticas neoliberais. Concluímos também que as políticas educacionais têm sido norteadas com base nas recomendações do Banco Mundial, tornando o ensino brasileiro como forte aliado na agenda da exclusão e segregação social. |