“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13104

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Victória Kanadani Campos Poltronieri
Orientador BRUNA WADDINGTON DE FREITAS
Outros membros Felipe Sperandio de Mattos, Iara Magalhães Ribeiro, Ytalo Galinari Henriques Schuartz
Título Efeito de diferentes agentes sanitizantes utilizados na higienização de períneo sobre a contaminação bacteriana ascendente no trato genital de éguas doadoras de embrião.
Resumo O ambiente uterino de éguas é mantido livre da contaminação externa através de mecanismos físicos e imunológicos. Por outro lado, a genitália externa apresenta uma variedade de bactérias não patogênicas e patogênicas já conhecidas e frequentemente isoladas. Entretanto, tal microbiota não é constante, podendo ser influenciada por fatores exógenos e endógenos, como o uso corriqueiro de desinfetantes. A utilização crescente das biotecnologias reprodutivas resulta em consequências danosas, especialmente para as éguas doadoras de embrião, que são constantemente manipuladas e submetidas a procedimentos que favorecem a contaminação uterina ascendente. Infecções bacterianas no trato genital estão entre as principais causas de infertilidade na espécie equina. Streptococcus equi zooepidemicus (A), Escherichia coli (B), Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniae (C) e Pseudomonas aeruginosa (D) são as bactérias mais isoladas em úteros não sadios. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o crescimento e isolamento de A, B, C e D advindos da genitália de éguas sadias, após a utilização de diferentes desinfetantes comumente empregados para higienização de períneo. Para tanto, três éguas sadias advindas do Departamento de Veterinária (DVT) da Universidade Federal de Viçosa foram utilizadas. Três tratamentos foram testados, sendo distribuídos em delineamento experimental quadrado latino 3x3: Sabão de côco (G1), detergente neutro (G2) e clorexidina degermante a 2% (G3). Foi realizado swab da fossa clitoriana anteriormente à higienização. Após os tratamentos, foram coletados swabs da fossa clitoriana, vestíbulo e lavado uterino em baixo volume. Todas as amostras foram destinadas ao Laboratório de Doenças Bacterianas do DVT, onde foram processadas e semeadas em placa de ágar sangue. Após um período de 36 horas, as colônias com morfologia características de A, B, C ou D foram repicadas em ágar EMB. Foi efetuada coloração GRAM de todos isolados. A, B, C e D foram isoladas da genitália externa de todas as éguas antes da higienização, o que explica a frequente presença desses agentes nas demais porções da genitália avaliadas. Todos os desinfetantes utilizados foram, porém, eficientes na eliminação de D e A da fossa clitoriana. Quanto à contaminação da prega vestíbulo-vaginal, todas as éguas apresentaram crescimento de C e ou A quando higienizadas com G2 ou G3, de forma que as bactérias mantiveram-se no útero em 2 dos 3 lavados tratados com G3 e em 1 dos 3 lavados pré-higienizados com G2. “B” foi caracterizada em placas de fossa clitoriana pré-higienização, vestíbulo e útero, mediante o tratamento G1 e G3. Em nenhum dos animais foram observadas colônias características de B com uso de G2. Os diferentes tratamentos apresentaram diferentes mecanismos de ação, que podem favorecer ou não a contaminação para determinados grupos de microrganismos, todavia, o sabão de côco mostrou-se o mais efetivo, eliminando as bactérias analisadas em todas as placas semeadas.
Palavras-chave Reprodução, equino, microbiologia.
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
Gerado em 0,66 segundos.