“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13087

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Botânica
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Iara Valle Quintão Vaz
Orientador LUZIMAR CAMPOS DA SILVA
Outros membros Caio Issamu Somiza, Daniel Rodrigues da Silva, Franklin Patrocínio Rezende, Michel Filiphy Silva Santos
Título Respostas morfoanatômicas e fisiológicas na lâmina foliar de Eugenia uniflora L. (Myrtaceae) expostas ao ozônio
Resumo Atividades de origem antropogênica são fontes de diversos poluentes que se acumulam na atmosfera e causam danos à saúde, vegetação e ecossistema. Dentre esses compostos, destaca-se o ozônio (O3), classificado como poluente secundário na troposfera e que se forma através de reações dependentes da radiação solar e precursores. O O3 reage com as folhas externamente, danificando ceras epicuticulares, cutícula e tricomas. Difunde para o meio interno através dos estômatos e reage com componentes celulares gerando espécies reativas de oxigênio (ROS). A curto prazo, pode afetar processos fisiológicos alterando as taxas de fotossíntese, respiração e resposta estomática à estímulos ambientais. A longo prazo, pode ocorrer redução do crescimento e aceleração da senescência que afeta a produtividade de plantações e florestas. Eugenia uniflora L. (Myrtaceae), a pitangueira, possui vasta distribuição geográfica, ocorrendo em ambientes naturais e modificados pelo homem. Em relação à poluentes, E. uniflora demonstrou sensibilidade à chuva ácida, dióxido de enxofre e material particulado de ferro, e poluentes de área urbana. Não foram encontrados estudos que avaliassem a suscetibilidade da espécie ao ozônio. Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência do O3 em concentrações fitotóxicas sobre a anatomia e fisiologia de E. uniflora. As mudas foram obtidas na cidade de Viçosa (MG) e posteriormente transportadas para a casa de vegetação do Instituto de Botânica, em São Paulo (SP), onde foram aclimatadas por 24h. A exposição ao ar filtrado e ozônio ocorreu em câmaras de teflon com armação de aço inox associadas à um sistema de fumigação. Para o tratamento, um ozonizador foi acoplado a uma das câmaras e a concentração do poluente foi mantida em aproximadamente 100ppb.h-1. A exposição ocorreu por 4 horas/dia por seis dias consecutivos. Posteriormente foram avaliados sintomas visuais, trocas gasosas, teor de pigmentos, microscopia de luz, incluindo histoquímica para lipídeos totais, carboidratos totais e proteínas totais, conforme protocolos usuais em anatomia vegetal. Não foram registrados sintomas visuais relacionados ao ozônio. Nas plantas expostas ao tratamento, observou-se redução da taxa de assimilação líquida de carbono (A), na transpiração (E) e na condutância estomática (gs). Não foram registradas diferenças significativas para os teores de pigmentos e não houve variações morfoanatômicas entre os grupos avaliados. O teste histoquímico para carboidratos totais revelou a presença de grãos de amido no citoplasma das células de plantas expostas ao ar filtrado, mas estavam ausentes nas expostas ao poluente. Testes histoquímicos não evidenciaram diferenças para lipídios totais e proteínas totais. Conclui-se que E. uniflora exibiu alterações fisiológicas após seis dias de exposição. A redução constatada nas trocas gasosas vão ao encontro da redução de grãos de amido observada no citoplasma, uma vez que a entrada CO2 na folha é diminuída.
Palavras-chave poluição, ozônio, anatomia vegetal
Forma de apresentação..... Painel
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