“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13085

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Engenharia agrícola
Setor Departamento de Engenharia Agrícola
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Francielly de Souza Lopes
Orientador NATALIA DOS SANTOS RENATO
Outros membros Ana Luiza Gonçalves
Título Estudo do craqueamento térmico catalítico de lodo de laticínios através da caracterização da matéria-prima e do bio-óleo
Resumo A indústria láctea representa um importante setor na economia, principalmente no Brasil, entretanto esse ramo enfrenta desafios relacionados a sua gestão de resíduo e produção sustentável, devido a elevada carga orgânica de seus rejeitos. Entre os métodos físico-químicos, o mais utilizado para o tratamento da água residuária de laticínio é a coagulação/floculação, sendo assim o craqueamento térmico catalítico tem se tornado uma alternativa promissora ao utilizar o lodo residual do flotador. Altas temperaturas proporcionam a quebra de suas moléculas e o catalisador (carbonato de sódio, NACO3) auxilia na obtenção de características desejadas. Esse processo térmico catalítico oferece um destino aos resíduos, rico em nutrientes e com alto potencial de poluição, e ao mesmo tempo promove aproveitamento energético, tornando o processo mais sustentável e contribuindo para a implementação de matérias-primas alternativas para a geração de energia. Com a proposta de estudar o lodo como matéria-prima alternativa para produção energética, o lodo recolhido no flotador foi submetido ao tratamento térmico a fim de estudar a composição dos diferentes produtos gerados, com o auxílio da cromatografia gasosa acoplada ao espectrômetro de massas, assim como o poder calorífico. Os cinco experimentos de craqueamento térmico e térmico catalítico foram realizados com concentração mássica de NaCO3, previamente calcinado, entre 0 e 20% e temperaturas entre 400 e 600°C em reator descontínuo a pressão ambiente com atmosfera inerte. Foi realizada a análise composicional que tiveram como tratamentos prévios a extração, hidrólise e/ou derivatização. A análise por CG-EM do extrato bruto do lodo de laticínios indicou a presença de 60,2% de ácidos graxos, possibilitando a aplicação dessa matéria prima como fonte de biomassa para produção de bio-óleos com alto poder calorífico e aplicação como biocombustíveis. O craqueamento foi eficiente quanto a degradação de ácidos graxos, visto que os bio-óleos apresentaram apenas 1,9 a 3,7%. Os bio-óleos obtidos do craqueamento térmico do lodo apresentaram majoritariamente a presença de cetonas, tendo também presença de nitrilas e amidas e hidrocarbonetos, sendo que os principais hidrocarbonetos identificados se assemelham aos principais hidrocarbonetos identificados no óleo diesel e querosene. O poder calorífico do lodo de Laticínios na sua forma natural não possui potencial energético, em contrapartida, após seu condicionamento em elevadas temperaturas e ausência de oxigênio, obtendo um aumento expressivo no poder calorifico, atingindo 39,3 MJ/kg e superando 37,68 MJ/kg do biodiesel de acordo a Resolução Nº 758 da ANP. Em geral, converter o resíduo gerado em industrias lácteas a altas temperaturas em bio-óleo é uma alternativa para destinação de resíduos e produção de energia renovável.
Palavras-chave Energia, Resíduo, Pirólise
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
Gerado em 0,70 segundos.