“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13084

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Biologia Geral
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq
Primeiro autor Julia Maria Alves Meira
Orientador SERGIO OLIVEIRA DE PAULA
Outros membros Iago Oliveira de Mello, John Willians Oliveira Prates, Nayara Roberta Teixeira da Silva
Título Transformação da levedura Pichia pastoris com o gene que codifica o DIII da proteína E do Zika virus para expressão heteróloga
Resumo O Zika virus (ZIKV) vem atraindo cada vez mais atenção de pesquisadores e profissionais da saúde desde 2016, ano em que a epidemia de ZIKV foi considerada emergência de saúde pública internacional, principalmente nas Américas, onde, entre 2015 e 2017, foram confirmados 223.336 casos de infecção por esse vírus. O arbovírus em questão é um grave problema de saúde pública devido à microcefalia neonatal e a síndrome de Guillain-Barré que esse vírus pode causar. O genoma do ZIKV é de RNA fita simples e contém fase de leitura aberta (ORF) para a síntese de uma única poliproteína. Essa é clivada para gerar 10 proteínas, as quais se dividem em dois grupos, as não estruturais (NS1, NS2A, NS2B, NS3, NS4A, NS4B, NS5) e as estruturais (PrM/M, E e C). A proteína E é a proteína do envelope desse flavivírus, que apresenta três domínios (EDI, EDII e EDIII), sendo o EDIII o mais imunogênico e, portanto, promissor para uma possível vacina. O objetivo desse trabalho foi transformar a levedura Pichia pastoris com o gene que codifica o DIII da proteína E do ZIKV, para expressão heteróloga dessa proteína, a qual poderá ser utilizada no desenvolvimento de uma vacina contra o ZIKV. Para isso, a levedura P. pastoris foi incubada com cerca de 5 µg do plasmídeo pPICZαA-DIII-ZIKV, o qual contém o gene que codifica o DIII da proteína E do ZIKV. Esse plasmídeo recombinante também possui o gene que confere resistência ao antibiótico Zeocin, utilizado para a seleção das leveduras transformadas. Em seguida, foi realizada a transformação pela técnica de eletroporação, para permitir a inserção e integração do plasmídeo ao genoma da levedura. A levedura transformada foi plaqueada em meio de cultura YPDS, contendo 100 µg/ml do antibiótico Zeocin e incubada a 30°C até o aparecimento das colônias. Foram selecionadas cerca de 5 colônias, as quais foram cultivadas em meio YPD líquido para extração de DNA genômico, seguido por reação de PCR. A reação de PCR utilizando o primer AOX, especifico para o plasmídeo pPICZαA-DIII-ZIKV, mostrou uma banda de cerca de 1000 bp, coerente com o tamanho do amplicon esperado para esse primer quando o gene de interesse está presente no plasmídeo. Dessa forma, a transformação da levedura Pichia pastoris foi confirmada com sucesso pela técnica de PCR, a qual detectou a presença do plasmídeo recombinante no genoma da levedura. Os próximos passos serão a produção da proteína recombinante, sua caracterização imunológica e avaliação da imunogenicidade in vivo.
Palavras-chave Zika virus, Pichia pastoris, expressão heteróloga
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
Gerado em 0,66 segundos.