“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13081

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Sociologia
Setor Departamento de Administração e Contabilidade
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Rodrigo Lelis de Freitas
Orientador ALAN FERREIRA DE FREITAS
Outros membros Samuel Soares da Silva, Tamires Santos Ramalho
Título Cooperativismo no garimpo: desvelando formas organizacionais de uma atividade econômica marginalizada
Resumo A mineração é apontada como estratégia de desenvolvimento econômico local devido ao potencial de geração de empregos e renda. Entretanto, a condição de informalidade ainda é um fator relevante quando se trata da atividade mineral, principalmente a mineração artesanal, caracterizada como garimpo. Uma das soluções desenvolvidas pelo Estado está descrita na Constituição Federal de 1988 e na Lei 11685/08, que incentiva a formalização da extração mineral em pequena escala por meio da concessão de prioridade de lavra a garimpeiros que estivessem organizados em Cooperativas. No Brasil, há grande escassez de trabalhos que abordem a temática do cooperativismo no garimpo, esse hiato é ainda maior quando se insere a compreensão do modo funcionamento dessas organizações e de seus impactos para a sustentabilidade da atividade garimpeira. É neste cenário que emerge a seguinte questão de pesquisa: Quais as características do funcionamento das cooperativas minerais? Para sanar esta inquietude o presente trabalho teve o objetivo de compreender o impacto do cooperativismo na atividade garimpeira nos municípios de Ouro Preto e Nova Era, analisando a forma de constituição das organizações, seu modo de funcionamento as redes em que estão inseridas e os desafios que enfrentam. Este estudo é caracterizado como teórico-empírico, o percurso metodológico utilizado para alcançar os achados da pesquisa é do tipo exploratório-descritivo, com abordagem qualitativa e de estudo de múltiplos casos. Como técnica de coleta de dados usou-se de entrevistas semiestruturadas e observação não participante. A pesquisa de campo foi realizada no período de setembro a dezembro de 2019. Os principais achados demonstram que as cooperativas minerais analisadas possuem formas de funcionamento distintas. De maneira geral, a atividade em si, de extração do mineral, continua concentrada na figura do garimpeiro, de forma individual, que adota as estratégias mais benéficas a sua pessoa. A cooperativa atua de maneira mais determinante na parte de solicitação de requerimentos junto a ANM, pedido de licenciamento ambiental, e emissão de notas fiscais (NF) para o cooperado. Dentro deste cenário de independência do cooperado, é comum a comercialização ocorrer via pessoa física. A figura do garimpeiro atuando de forma autônoma e independente constata que ainda prevalece o trabalho artesanal de garimpo. Os achados da pesquisa nos permitem concluir que não é possível transformar o garimpo em outro tipo de estrutura social. A Cooperativa pode apenas figurar como uma alternativa de regulamentação da atividade mineral, mas a indução da cooperação e da organização social deve ser endógena. Ainda com todas as contradições e desafios o cooperativismo se coloca como elemento importante na tentativa de garantir a sustentabilidade do setor mineral.
Palavras-chave Cooperativismo, Mineral, Garimpo
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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