“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13044

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Engenharia agrícola
Setor Departamento de Engenharia Agrícola
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Lucas Maltoni Andrade
Orientador FERNANDO FRANCA DA CUNHA
Outros membros Luan Peroni Venancio
Título Estimativa da evapotranspiração de referência utilizando a equação de Hargreaves-Samani
Resumo O método de Penman-Monteith (PM) é recomendado pela FAO para estimativa da evapotranspiração de referência (ETo). Entretanto, o método de PM exige uma grande quantidade de dados meteorológicos, elevando o custo da aquisição desses dados. O método de Hargreaves-Samani (HS) apresenta a vantagem de necessitar apenas de dados medidos de temperatura do ar para a estimativa da ETo. Entretanto, o seu desempenho deve ser avaliado antes de ser utilizado em uma região qualquer, de forma a garantir estimativas confiáveis de ETo. Objetivou-se avaliar o desempenho da equação de HS em distintas estações anuais e diferentes escalas para estimar a ETo em localidades dos Estados de Mato Grosso do Sul (MS) e do Espírito Santo (ES). Foi utilizado um conjunto de dados diários adquiridos junto ao Instituto Nacional de Meteorologia do Brasil (INMET). Os dados meteorológicos utilizados foram: temperaturas máximas e mínimas do ar, velocidade do vento, radiação solar e umidade relativa do ar. No Estado de MS foram utilizados dados de 2008-2013 das estações meteorológicas das localidades de Água Clara, Cassilândia, Chapadão do Sul, Paranaíba e Três Lagoas. No ES foram utilizados dados de 2006-2015 das localidades de Linhares e São Mateus. As escalas utilizadas foram de 1, 3, 7 e 10 dias para MS e 1, 2, 4 e 7 dias para ES. Entende-se com escala a quantidade de dias acumulados de valores de ETo. A equação de PM foi considerada a padrão e para comparar os valores de ETo estimados por HS utilizou-se o coeficiente de determinação (r²), erro padrão de estimativa (EPE) e o coeficiente de desempenho (c). A equação de HS superestimou a ETo diária nas localidades avaliadas. Essa superestimativa foi menor quando o método de PM acusou valores de ETo próximos de 5 mm d-1. Independente da região geográfica e estação anual, o aumento da escala dos dados de ETo proporcionou melhoria nas métricas estatísticas, possivelmente devido aos erros aleatórios na estimativa da ETo. Independente da região de estudo, a equação de HS apresentou melhores desempenhos na estação de outono, seguida da estação de verão. Nos locais estudados, o método de Hargreaves-Samani, em sua forma original, não apresentou desempenho satisfatório independente da escala de tempo e época do ano, e, portanto, sua utilização nessas regiões deve ser repensada. Os autores recomendam que novos estudos sejam realizados e que o método de HS seja calibrado para essas localidades, buscando melhoria de seu desempenho na estimativa da ETo.
Palavras-chave Agrometeorologia, Escala temporal, ETo
Forma de apresentação..... Painel
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