“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13036

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Educação
Setor Departamento de Economia Doméstica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Nathalia Dias Pereira Alves Oliveira
Orientador MARIA DAS DORES SARAIVA DE LORETO
Título A evasão de estudantes deficientes na Universidade Federal de Viçosa: Caracterização e Percepção Institucional
Resumo A Lei 13.146/2015, que criou o Estatuto da Pessoa com Deficiência, considera como deficiente aquela pessoa que possui impedimento de longo prazo de caráter físico, mental, intelectual ou sensorial, que, em interação com barreiras, pode dificultar sua participação integral e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas (BRASIL, 2015). Em âmbito nacional, existem inúmeras políticas públicas que visam a melhoria da qualidade de vida dos deficientes e, dentre elas, destaca-se a Política de Cotas, implementada pelo governo federal, no ano de 2012, através da Lei 12.711 e alterada pela Lei 13.409/2016, visando proporcionar o ingresso de pessoas com deficiência no ensino superior. Pressupõe-se que as políticas educacionais devem proporcionar não apenas o ingresso, mas também a permanência dos estudantes nas universidades, mesmo em face aos obstáculos verificados à nível institucional, decorrentes de barreiras que podem levar os estudantes a evadir-se do curso, da instituição ou, até mesmo, do ensino superior. De acordo com Maciel, Cunha Júnior e Lima (2019), a evasão é um processo que possui várias compreensões, bem como diversas consequências, seja para a instituição e sociedade, como também para a vida dos envolvidos e seus familiares, justificando-se estudos nessa temática. Assim, objetivou-se caracterizar o processo de evasão dos estudantes da Universidade Federal de Viçosa (UFV), que ingressaram através da Política de Cotas para pessoas com deficiência, nos anos de 2018 e 2019, apontando a percepção de agentes executores da legislação acerca do processo de evasão. Metodologicamente, a pesquisa foi de natureza qualitativa e fez uso tanto de pesquisa bibliográfica e documental, quanto de entrevistas semiestruturadas junto aos agentes executores da Política de Cotas para deficientes da UFV. Os resultados mostraram que, dos 101 estudantes matriculados, através da política de cotas de deficientes, no período 2018/2019, no campus de Viçosa, 30,69% evadiram do curso que ingressaram ou da instituição. Esse público era em sua maioria do sexo masculino (58,06%), matriculado em cursos da área de Exatas e Tecnológicas (38,70%) e o maior motivo da evasão foi o abandono do curso (48,38%). Com relação à percepção dos agentes executores sobre esse processo de evasão, foram apontados alguns aspectos pessoais e institucionais. Nos aspectos pessoais, foram citados a possível não adaptação ao curso, questões familiares, medos e inseguranças dentre outros. Já sobre os aspectos institucionais, foram citados: as dificuldades para se adequar às demandas da instituição, aos métodos adaptativos/acessibilidade, a dinâmica das aulas, entre outros. Conclui-se sobre a necessidade de se ouvir os ex-estudantes, que abandonaram a instituição, na perspectiva de conseguir apontar o real motivo desse processo, o que se transformaria em um importante instrumento institucional no combate à evasão acadêmica.
Palavras-chave Deficiência, Educação, Evasão e Políticas Públicas.
Forma de apresentação..... Painel
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