Resumo |
Colletotrichum é um dos gêneros de fungo mais estudados devido à sua importância científica e econômica, sendo capazes de infectar cerca de 3200 espécies de plantas. Esse gênero possui muitos isolados fitopatogênicos, mas recentemente tem-se isolado de plantas hospedeiras fungos considerados fitopatógenos como sendo endofíticos. Desse modo, o trabalho objetivou evidenciar in vitro que alguns isolados de uma mesma espécie podem possui diferentes estilo de vida. Assim, foram submetidos para análise nove isolados de Colletotrichum siamenses (448F13F_AM, 440F14F_AM, 670F14F_AM, 475F17_AM, 676F14-AM, 144F17F_AM, 260F13F_AM e 503F14F_AM endofíticos e UFVC37MI patogênico) e seis de Colletotrichum karstii (13F1F_AC, 381F1_AC, 370F1_AC, 341F29F, 379F29F_AM endofíticos e UFVC1BA patogênico), sendo todos provenientes do Amazonas e Acre. A extração de DNA foi feita nos diferentes isolados de acordo com o Specht et al. (1982). Em seguida, foi feita a caracterização molecular dos mesmos utilizando a técnica baseada na amplificação de regiões entre retrotransposons denominada de IRAP (Inter- Retrotransposon Amplified Polymorphism). Para finalizar o estudo e permitir a visualização da mudança do estilo de vida desses fungos, os mesmos foram inoculados em forma de disco em folhas de seringueiras (Havea brasiliensis) em estágio de crescimento B2. As análises do IRAP evidenciaram um perfil genético diferente entre os isolados endofíticos e patogênicos. De maneira interessante, o isolado patogênico UFVC37MI apresentou um número maior de bandas, indicando um possível processo de movimentação de elementos transponíveis, acarretando uma possível modificação da expressão gênica desse isolado. Infelizmente, a visualização dos sintomas nas folhas da seringueira não foi possível e com isso não houve a conclusão da pesquisa devido a pandemia decorrente do novo Corona vírus, já que de acordo com a OMS (Organização mundial da saúde) é de extrema importância o isolamento social para evitar a disseminação da doença. |