Ciência para a Redução das Desigualdades

16 a 18 de outubro de 2018

Trabalho 11082

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Saneamento e resíduos
Setor Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Primeiro autor Maria Clara Moreira Fort
Orientador REJANE NASCENTES
Outros membros Camila Dornelles Marques, Marcos Philipe Dias Cardoso, Matheus Henrique Souza Boaventura, Renato Oliveira Vaz de Melo
Título Recirculação de chorume em minicélulas de aterro sanitário - Fase II
Resumo Um grande desafio para as pequenas cidades brasileiras, perante a Política Nacional de Resíduos Sólidos, é destinar de maneira correta os seus rejeitos, uma vez que os aterros sanitários têm altos custos de implantação. Em face disto, esse trabalho buscou avaliar alguns aspectos da recirculação de chorume, uma boa alternativa de tratamento quando comparada às mais comumente usadas, por acelerar o processo de estabilização de matéria orgânica dos resíduos sólidos urbanos (RSU) e reduzir o volume de chorume a ser tratado efetivamente, diminuindo assim os custos e aumentando a vida útil dos aterros sanitários. Além disso, foram comparadas diferentes camadas impermeabilizantes de solo, estabilizado física e quimicamente, quanto ao seu desempenho. Para a simulação foram construídos seis lisímetros com diferentes camadas de impermeabilização, também chamadas de liners: MCS – Solo argiloso compactado; MCCP – Solo argiloso com adição de 2% em massa seca de cimento Portland CPII-E-32 e MCCA – Solo argiloso com adição de 2% em massa seca de cal hidratada, sendo que para cada tipo de camada há duas minicélulas. Empregou-se então a técnica de recirculação em apenas uma amostra de cada tipo, que recebeu sufixo “r” na nomenclatura. A recirculação foi iniciada após os resíduos alcançarem a idade de um ano, uma vez por semana, com o percolado da própria amostra e com volume igual à vazão média semanal da minicélula em questão. Os recalques foram monitorados mês a mês e a concentração dos metais no afluente e percolado foi determinada pelo ensaio através da Espectrofotometria de Absorção Atômica. A condutividade dos liners quando percolados por chorume foi mensurada a partir da Lei de Darcy, obtendo-se valores entre 1,0×10-7 cm/s e 8,0×10-7 cm/s para as amostras de solo melhorado com cimento e cal e entre 1,0×10-9 cm/s e 2,0×10-7 cm/s para as minicélulas construídas com solo argiloso compactado sem adição, e que, por isso, se mostraram como a melhor alternativa para camada impermeabilizante. Notou-se ainda um significante acréscimo de recalque nas minicélulas que sofreram recirculação quando comparadas aos seus respectivos pares, com porcentagens em relação à altura inicial de resíduos: MCS: 22,1%; MCSr: 37,6%; MCCP: 19,8%; MCCPr: 32,9%; MCCA: 27,2% e MCCAr: 37,0%. Por fim, houve forte adsorção dos metais Manganês (Mn) e Zinco (Zn), uma adsorção mais discreta de Cromo (Cr) e Cobre (Cr) e dessorção do Chumbo (Pb), mas não há indícios da influência das adições de cimento e cal na retenção ou liberação de metais no efluente, bem como da técnica de recirculação. Portanto, a recirculação de percolado pode se mostrar viável no aumento da vida útil dos aterros sanitários, além do solo argiloso compactado se comportar como a opção mais viável economicamente e de melhor desempenho entre as camadas analisadas.
Palavras-chave Condutividade Hidráulica, Recalque, Resíduos Sólidos
Forma de apresentação..... Oral
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