Ciência para a Redução das Desigualdades

16 a 18 de outubro de 2018

Trabalho 11055

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Microbiologia
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Lohany Idargo de Souza
Orientador MARLON CORREA PEREIRA
Outros membros Leandro Israel da Silva, Mateus Fernandes Matos, Paloma Cavalcante Cunha, Vanessa Mendes Silva
Título É melhor dois do que um: efeito da interação entre fungos endofíticos na germinação e crescimento de Cattleya milleri
Resumo Fungos endofíticos são microrganismos capazes de auxiliar na germinação de sementes e se fazem obrigatórios para o desenvolvimento de plântulas. Cattleya milleri é uma orquídea considerada endêmica da região do Quadrilátero Ferrífero/MG, que por um período de tempo foi dada como extinta e atualmente foi redescoberta. É enquadrada como criticamente ameaçada de extinção devido a distúrbios ambientais e da sua coleta predatória. C. milleri, assim como muitas espécies de orquídeas, depende metabolicamente desses microrganismos ao menos durante uma fase do seu ciclo de vida, quando os fungos garantem aquisição de nutrientes essenciais a sua sobrevivência. Contudo, pouco se sabe como a interação entre diferentes endofíticos pode afetar o desenvolvimento da planta hospedeira. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi de analisar o efeito das interações entre fungos endofíticos sobre a germinação e crescimento de C. milleri. Para tal propósito, as sementes, cedidas pela empresa Vale SA, foram tratadas, desinfestadas e inoculadas em placas de Petri contendo meio ágar de aveia modificado (AAM). Cinco fungos endofíticos de C. milleri foram inoculados em diferentes combinações, individualmente ou em confrontamento (dois a dois), nas placas contendo as sementes. A germinação das sementes foi avaliada periodicamente, ao longo de 60 dias e sob lupa, considerando os diferentes estágios de desenvolvimento dos embriões das sementes. Nem todos os isolados apresentaram potencial de promover germinação das sementes. Dois isolados (F2 – da ordem Sebacinales, e F17 – Tulasnella sp.) promoveram a germinação de mais de 89% das sementes. No controle sem a inoculação não houve germinação. As interações entre os fungos afetaram a germinação. Quando F2 e F17 eram inoculados com isolados que não promoveram germinação sozinhos, as porcentagens alcançavam valores próximos ou superiores a 89%. A interação entre isolados aumentou o índice de crescimento (IC) das sementes. Os isolados F2 e F17 individualmente apresentaram valores de IC intermediários quando inoculados sozinhos, mas quando em confrotamento entre si (F2xF17, F17xF17) ou com outros isolados [F2xF12 (ordem Pleosporales) e F12xF17], observou-se os maiores índices de crescimento. Alguns contrastes reduziram a eficiência de alguns isolados, como a redução observada no IC do isolado F2, quando inoculado junto ao isolado F8 (Tulasnella sp.), e a redução do IC de F17, quando inoculado junto ao F22 (ordem Pleosporales). Em trabalhos futuros, deve-se avaliar o efeito da inoculação de outros tipos de microrganismos, como bactérias, sobre a indução de germinação de sementes de orquídeas pelos fungos endofíticos. Estudos com metabólicos liberados por microrganismos podem também ser realizados para entender melhor as interações ecológicas de antagonismo e de sinergismo da microbiota associada às orquídeas.
Palavras-chave Tulasnella sp., Sebacinales, orquídea
Forma de apresentação..... Painel
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