Resumo |
De modo geral, as pulverizações nas lavouras de café são realizadas com pulverizadores hidropneumáticos, os quais, são constituídos por um sistema hidráulico e um pneumático. O objetivo do trabalho foi determinar o desempenho operacional do pulverizador hidropneumático na lavoura de café. O trabalho foi realizado na Fazenda Transagro, utilizando-se o pulverizador Twister 2000 equipado com pontas Magno MAG 2 de jato cone vazio. Realizou-se a caracterização de quatro lavouras por meio da determinação do TRV (1: 6171,95; 2: 7923,26; 3: 13089,16 e 4: 14962,05 m3 ha-1). Empregou-se o delineamento inteiramente casualizado (DIC) e parcelas sub-subdivididas. Foi verificada a capacidade de penetração das gotas em três terços das plantas: superior, médio e inferior, nos lados externo e interno, produzidas por quatro volumes de calda (200, 400, 600 e 800 L ha-1), realizando-se quatro repetições. O espectro de gotas foi determinado por meio do Dropscope, avaliando-se os seguintes parâmetros: densidade de gotas, COB e DMV. Para análise da deposição de calda, foi utilizado corante azul alimentício. Recolheram-se duas folhas de cada ponto amostral que foram depositadas em saco plástico contendo água destilada para posterior análise de espectrofotometria. Os dados foram submetidos a ANOVA à 5% de probabilidade e as médias comparadas pelo teste de Tukey, também à 5 %. A deposição de calda foi significativa para volume de calda, lavoura e terço da planta. Nas lavouras 1 e 2 os volumes de 200 e 400 L ha-1 proporcionaram deposição equivalente entre os três terços das plantas, na lavoura 3 não houve diferença significativa na deposição com os diferentes volumes aplicados e na lavoura 4 apenas o volume de 200 L ha-1 não depositou o corante igualmente ao longo da planta. Na ANOVA do percentual de cobertura, houve interação entre lavoura, volume de calda e terço da planta, nas lavouras 2, 3 e 4. Nesses casos, observou-se distribuição menos uniforme da calda entre os terços do cafeeiro, com maior cobertura na parte superior. Quanto ao DMV a ANOVA foi significativa para o fator isolado lavoura e para as interações volume de calda e terço do cafeeiro. A menor cobertura na parte mais interna da planta em relação a mais externa mostra a dificuldade de atingir a parte mais central do dossel, onde os maiores volumes proporcionaram maiores coberturas. A relação de quanto maior o volume aplicado maior a deposição de calda na parte externa não ocorre na parte interna. Na parte interna, mesmo com o aumento do volume de calda, não houve variação do DMV, pois, devido à dificuldade de penetrar no interior do dossel, o fato da sobreposição de gotas menores gerar gotas maiores pode não ter ocorrido do mesmo modo como na parte externa. |