Ciência para a Redução das Desigualdades

16 a 18 de outubro de 2018

Trabalho 11021

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Química ambiental e agrícola
Setor Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Mariane Luísa Ferreira Nazário
Orientador JAIRO TRONTO
Outros membros Ana Luiza Amorim Gomes, FREDERICO GARCIA PINTO, Roberto Ferreira Novais, Valber Georgio de Oliveira Duarte
Título Síntese e Caracterização de Hectorita Incorporada com Potássio
Resumo O aumento populacional das últimas décadas tem exigido um aumento constante da produtividade agrícola, o que tem aumentado o consumo de fertilizantes. Os fertilizantes são aplicados no solo, com o objetivo de corrigir a deficiência de macronutrientes (NPK) essenciais para as plantas. A fixação de potássio (K) no solo não é uma tarefa fácil, pois este pode ser perdido por lixiviação ou absorção pelo solo. A intercalação de íons potássio em estruturas hospedeiras lamelares inorgânicas, como das argilas, surge como uma opção interessante para disponibilizar K de forma sustentada para as plantas. O objetivo deste trabalho foi a síntese e a caracterização de Laponita incorporada com íons potássio. A Laponita potássica foi sintetizada por meio de reação de troca catiônica a partir da Laponita sódica esfoliada. Para isto a Laponita sódica foi esfoliada em água a 80°C, utilizando um sistema de refluxo. Na suspensão formada foi adicionada uma solução contendo KNO3. A caracterização da Laponita potássica foi realizada por difração de raios X no pó (DRXP) e espectrofotometria na região do infravermelho com transformada em Fourier com acessório de refletância total acentuada (FTIR-ATR). No difratograma de raios X da Laponita sódica foi observado um pico largo acima do pico do espaçamento basal com espaçamento basal de 13,1 Å, calculado por meio da equação de Bragg, n = 2d sen , este valor de espaçamento basal relacionado à presença de íons Na+ intercalados entre as lamelas inorgânicas. Para a Laponita potássica, o perfil do difratograma foi característico da formação de composto lamelar, o espaçamento basal encontrado foi de 12,12 Å, relacionados à presença de íons K+. Nos espectros de FTIR-ATR para ambos os materiais, Laponita sódica e Laponita potássica, pode ser notada a presença de bandas de baixa intensidade localizadas em 3000 cm-1, referentes ao estiramento dos grupos O-H. Na Laponita potássica pode ser observado também uma banda levemente deslocada referente à deformação simétrica de NO3- localizada em 1600 cm-1, isso ocorre devido a interação do NO3- com a argila. Para obtenção de um material mais puro foi feita uma sanitização da laponita potássica com água, dessa maneira o grupo NO3- foi removido devido a sua extrema solubilidade não sendo mais observada no espectro de infravermelho. A caracterização da Laponita potássica apresentou a impressão digital e identificação estrutural semelhante aos precursores bem como citado na literatura. A Laponita potássica será testada em bioensaios como matriz de liberação sustentada de K para plantas.
Palavras-chave ESFOLIAÇÃO, POTÁSSIO, LAPONITA
Forma de apresentação..... Painel
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