Ciência para a Redução das Desigualdades

16 a 18 de outubro de 2018

Trabalho 11008

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agroindústria, processamento e armazenamento
Setor Instituto de Ciências Agrárias
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Ana Luiza de Souza Miranda
Orientador ISABELA COSTA GUIMARAES
Outros membros EVANDRO GALVAO TAVARES MENEZES
Título Óleo de abacate produzido na região do Alto Paranaíba
Resumo O abacate é um pseudofruto que apresenta grandes teores de lipídeos em sua composição, sendo matéria-prima de interesse para obtenção de óleo. Muitos métodos para extração de óleo têm sido estudados, sendo a extração com emprego de solventes o mais comum. O solvente mais utilizado é o hexano. Como solventes alternativos, têm-se os álcoois de cadeia curta, principalmente o etanol e o isopropanol, sendo materiais menos poluentes. O objetivo desse trabalho foi extrair, quantificar e caracterizar o óleo de abacate obtido com tecnologias alternativas, determinando a influência do método e das condições empregadas nos óleos obtidos. As extrações foram feitas em Shaker, empregando-se diferentes temperaturas (35ºC, 45ºC e 55ºC) e aparelho Soxhlet. Nos dois métodos empregou-se hexano, etanol e isopropanol como solventes. Os óleos foram caracterizados quanto ao rendimento, densidade, umidade, índice de refração e acidez. Os resultados demonstraram que para os dois métodos de extração, o maior rendimento foi obtido com o hexano. Na extração com Shaker, com o aumento da temperatura, obteve-se maior capacidade de extração de óleo para todos os solventes empregados. A densidade dos óleos extraídos com etanol foi superior aos demais óleos, sendo que todos os óleos apresentaram densidades relativas próximas às densidades dos solventes utilizados na extração. Os óleos de abacate apresentaram altos valores de umidade, que variaram de 4% a 40,80%. A alta umidade pode afetar a estabilidade do óleo, o que evidencia a necessidade da aplicação de um processo de secagem e/ou refino. O índice de refração variou entre 1,372 e 1,428 nas amostras de óleo de abacate e apresentou diferença significativa entre os dois métodos empregados. Os óleos obtidos possuíram teor de acidez variável de 0,4 a 2,72% de ácidos graxos livres. Quanto maior a temperatura utilizada para extração dos óleos maior foi a acidez. O teor máximo de acidez permitido pela ANVISA é de 0,3%. Os resultados obtidos nesta pesquisa não estavam dentro do exigido, mas a alta acidez pode ser explicada pelo fato de que os óleos não passaram pelo processo de refino. Entre os solventes utilizados nas extrações, o hexano é o que proporciona melhor rendimento. Maior quantidade de óleo é extraída com o aumento da temperatura. Por não ter passado por processo de refino, os óleos apresentam altos teores de umidade e de acidez. Assim, o abacate apresenta-se como uma possível matéria-prima para extração de óleo, sendo preciso mais estudos envolvendo métodos de obtenção e caracterização físico-química dos óleos para otimizar o processo e desenvolver um produto com potencial econômico.
Palavras-chave Óleo de abacate, Solventes, Extração
Forma de apresentação..... Oral
Gerado em 0,60 segundos.