Resumo |
Realizou-se um estudo mensurando a ciclagem de nutrientes oriundos de podas do cafeeiro. Antigamente as podas eram as mais tradicionais, mais severas, e os espaçamentos de plantio com densidade populacional menor que a atual. Atualmente, a cafeicultura moderna conta com espaçamento largo entre linhas e adensado entre plantas, chamado de renque mecanizado, com populações da ordem de 5.000 plantas/ha. As podas, também, são mais frequentes, no entanto menos drásticas, em que se remove somente a ponta dos ramos laterais e do tronco. Diante disto torna-se necessário conhecer a quantidade de nutrientes ciclados através das podas do cafeeiro no contexto atual. O estudo foi realizado no município de Araxá, MG, em lavoura de Catuaí Vermelho, plantada no espaçamento de 4,0 x 0,5, sequeiro, com 10 anos de idade e aspecto vegetativo depauperado. Estudou-se seis tratamentos os quais foram T1:decote a 2.6m, T2:Decote lateral longe do tronco a 90 cm, T3:Esqueletamento a 60 cm do tronco, T4:Esqueletamento próximo do tronco a 30 cm, T5:Remoção total dos ramos laterais, T6:Recepa, com cinco repetições. Ad plantas foram segmentadas e as matérias secas foram mensuradas. Os teores nutricionais de N e K foram posteriormente analisados. Observou-se que, quanto mais severa a poda maior a quantidade de MS. Apesar de em maior quantidade, a MS dos ramos ciclou menor quantidade de nutrientes que as folhas, devido aos maiores teores nutricionais das folhas. Além do que as folhas se decompõe mais rápido, disponibilizando os nutrientes com maior velocidade. Vale ressaltar que pode-se somar os resultados referentes aos esqueletamentos com o de decote, pois comumente se faz as duas podas conjuntamente. Com relação à remoção total dos ramos, as quantidades foram muito superiores, mas não se faz esse tipo de poda rotineiramente. Com relação à recepa, as quantidades são ainda maiores, porém, por enquanto, são poucas as propriedades que alugam uma máquina (recém lançada) que consegue trinchar completamente os pés de café recepados produzindo esta quantidade de matéria seca e consequentemente ciclar tais nutrientes. Os esqueletamentos podem ciclar de 15 a 155 kg/ha de N e 15,4 a 130,8 kg/ha de K, que quando somados ao decote à 2,6 m de altura, ciclam de 60 a 200 kg/ha de N e 52 a 185 kg/ha de K, sendo os menores valores atribuídos às podas minimamente drásticas (desponte lateral). |