Ciência para a Redução das Desigualdades

16 a 18 de outubro de 2018

Trabalho 10991

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Biologia e manejo de doenças e pragas de plantas
Setor Instituto de Ciências Agrárias
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Carolina Alves Gomes
Orientador MARCELO RODRIGUES DOS REIS
Outros membros Deivide Patrik Alves, Lais Franchini Pucci
Título Efeito residual do tembotrione em Latossolos de textura média e argilosa irrigados
Resumo O tembotrione é um herbicida de longo efeito residual no solo, podendo intoxicar culturas de sucessão, como beterraba, batata e cenoura. Na bula brasileira deste herbicida não há restrições sobre o cultivo dessas olerícolas após a aplicação do produto. Enquanto que a bula americana recomenda um intervalo mínimo de 10 meses entre a aplicação do herbicida e o plantio dessas culturas. As informações sobre o comportamento do tembotrione em solos brasileiros são escassas, dessa forma, objetivou-se avaliar o efeito residual do tembotrione em dois Latossolos Vermelho-Amarelo de texturas contrastantes. Foram conduzidos dois ensaios, o primeiro consistiu em avaliar a influência da umidade no efeito residual do tembotrione em um Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico. O segundo avaliou o efeito residual do tembotrione em Latossolo Vermelho Amarelo muito argiloso e outro de textura média. Vasos com capacidade de 5,0 dm3foram preenchidos com esses solos e o herbicida tembotrione, na dose de 75,6 g ha-1 i.a., que foi incorporado ao volume de solo com uso de betoneira a 25 rpm. Cada vaso foi considerado uma unidade experimental. Utilizou-se delineamento inteiramente casualizado (DIC) com quatro repetições. Os tratamentos para cada Latossolo consistiram-se de cinco épocas de avaliação: 30, 90, 150, 200 e 300 dias após a incorporação do tembotrione (DAI), com a presença e ausência de irrigação diária, sendo este último mantido sem irrigação até a época correspondente. Ao final de cada época foram semeadas a bioindicadora (Beta vulgaris), deixando-se, após desbaste, quatro plantas por vaso. Aos 28 dias após a emergência (DAE) foi coletada a parte aérea para determinação da massa da matéria seca (MS). Os dados foram submetidos à análise descritiva e os gráficos plotados no SigmaPlot 11.0. O acúmulo de MS da beterraba foi inibido pelo tembotrione até os 150 DAI. Enquanto que aos 300 DAI a beterraba foi pouco afetada (<40%).No solo seco, não houve parte aérea coletada, pois as plantas germinaram, porém, antes dos 28 DAE morreram. Para o Latossolo de textura média irrigado, os resultados foram semelhantes ao Latossolo de textura muito argilosa, a parte aérea foi inibida até os 150 DAI e houve acumulo de 10 a 20% de MS até 300 DAI. Já no solo seco, textura argilosa, não houve o crescimento de plântulas até 300 DAI. Nota-se que a textura do solo e a irrigação afetam a atividade residual do tembotrione. Assim, com os resultados obtidos observa-se que não se deve cultivar beterraba após a aplicação do tembotrione, atentando-se principalmente para os solos de textura arenosa.
Palavras-chave Beta vulgaris, Herbicida, Olerícolas
Forma de apresentação..... Oral
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