Ciência para a Redução das Desigualdades

16 a 18 de outubro de 2018

Trabalho 10958

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Microbiologia
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Fernanda Rodrigues Silva
Orientador MARLON CORREA PEREIRA
Outros membros Alessandra Santana Batista Toni, Camila Miwa Hanzawa, Lohany Idargo de Souza, Paloma Cavalcante Cunha
Título Mobilização de reserva de carbono e de nutrientes em raízes de Cattleya walkeriana
Resumo A nutrição das orquídeas no campo está diretamente relacionada à associação simbiótica com fungos micorrízicos. Essa associação é caracterizada pela presença de pelotons, que são enovelados intracelulares de hifas fúngicas formados no córtex radicular. Durante seu desenvolvimento, a orquídea digere os pelotons e absorve os elementos inorgânicos e orgânicos liberados, metabolismo esse denominado micoheterotrófico. As raízes são também órgãos de reserva de carbono, sendo comum amiloplastos na porção cortical. Neste trabalho, o amido e a colonização micorrízica foram quantificados em raízes de Cattleya walkeriana para avaliar a dinâmica de mobilização de nutrientes e de reserva de carbono. A amostragem foi realizada em dois períodos, no meio da seca (agosto/16) e no final das chuvas (março/2017). Raízes saudáveis foram coletadas de indivíduos jovens e adultos que ocorriam em um mesmo forófito localizado em um fragmento de Cerrado próximo ao município de Rio Paranaíba-MG. As raízes foram distribuídas em quatro tratamentos: raízes de indivíduos jovens (i); raízes de indivíduos adultos divididas em distais (ii), medianas (iii) e proximais (iv), utilizando o meristema apical radicular como referência. As raízes foram seccionadas transversalmente e coradas para quantificação da colonização micorrízica e do amido no córtex. Os dados foram organizados em esquema fatorial (dois períodos x três tratamentos), submetidos à ANOVA e ao teste Newman-Keuls (SNK) a 5% de significância. Raízes de indivíduos jovens e adultos apresentaram porcentagem de fragmentos e área de córtex micorrizados semelhantes, independente do período. Isso mostra a constante colonização das porções mais novas da raiz (raízes de plantas jovens e porção proximal) e a manutenção do mesmo nas porções mais velhas (regiões mediana e distal). Porções mais velhas de raiz não tendem a apresentar maior colonização micorrízica, o que pode ser explicado pela maior taxa de degradação e pela produção de fitoalexinas, compostos que limitam o crescimento fúngico. A quantidade de pelotons degradados foi maior na porção proximal, principalmente na estação chuvosa. Isso pode estar relacionado com maiores taxas de digestão de pelotons para suportar o desenvolvimento da raiz nesse período. A quantificação de amido nas secções de raiz foi elevada e variou entre os períodos analisados. Observou-se maior porcentagem de cortes com amido na seca, sugerindo que durante escassez de água a planta investe em reserva, tendo baixo consumo de nutrientes. Isso também explica a baixa porcentagem de pelotons degradados observados nesse período. Além disso, a estocagem de carbono pode ser uma resposta da planta ao estresse hídrico; e como no período chuvoso a planta investe em crescimento, tem-se a redução no estoque de amido. O desenvolvimento não provocou diferença nas quantidades de pelotons entre os períodos. Conclui-se que a idade/ porção da raiz e o período afetam a dinâmica de degradação/ estoque de amido e peloton.
Palavras-chave grãos de amido, orquídea, histologia vegetal
Forma de apresentação..... Painel
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