Ciência para a Redução das Desigualdades

16 a 18 de outubro de 2018

Trabalho 10917

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Genética e melhoramento animal
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Igor Henrique Rodrigues Oliveira
Orientador RUBENS PAZZA
Outros membros KARINE FREHNER KAVALCO
Título Diversidade citogenética e morfológica simpátrica e alopátrica de Astyanax rivularis (Characiformes: Characidae)
Resumo Astyanax rivularis é uma espécie da família Characidae que pertence ao chamado complexo “scabripinnis”, sendo endêmica da bacia hidrográfica do rio São Francisco. Esta espécie apresenta três populações com cariótipos descritos na literatura: córrego Curral das Éguas (São Gonçalo do Abaeté, MG) com 2n = 46 (6m+22sm+8st+10a) e heterocromatina associada ao telômero do terceiro par de cromossomos metacêntricos, e os córregos Barreiro Grande e Viveiro de Mudas (ambos em Três Marias, MG) com 2n = 50 (6m+30sm+8st+6a) e heterocromatina associada em diferentes localidades em três pares de submetacêntricos, um par subtelocêntrico, e um par acrocêntrico. Neste trabalho foram coletados espécimes de A. rivularis provenientes de 4 populações da região do Alto Paranaíba, dentro dos limites da bacia Hidrográfica do Rio São Francisco: córrego Lage (Arapuá, MG), córrego Tiros (Tiros, MG), córrego Lambari (Tiros, MG), e na barragem Usina do rio Abaeté (Rio Paranaíba, MG). Para análises citogenéticas foram obtidos cromossomos mitóticos pela técnica de Air Drying, corados com Giemsa 10%, e posteriormente submetidos a técnica de bandamento C para localização das regiões de heterocromatina constitutiva. Para análises morfológicas foram selecionados 72 indivíduos para serem fotografados, sendo utilizada a técnica de morfometria geométrica para o estudo da variação do shape entre os espécimes através da análise de componentes principais (PCA). Ao todo 6 cariótipos foram observados: três no córrego Lage (2n = 46/47 (6m+24sm+10st+6a+1a), 2n = 48 (6m+22sm+10st+10a) e 2n = 50 (8m+26sm+6st+10a)); um no córrego Tiros (2n = 46/47 (6m+22sm+10st+8a+1sm)); um no córrego Lambari (2n = 46/47 (6m+22sm+10st+8a+1a)); e um na Usina Abaeté (2n = 50 (8m+24sm+8st+10a)). Foi observado a presença de cromossomos Bs com variação intercelular nos citótipos de 2n = 46, o que não foi observado na literatura. Regiões heterocromáticas foram visualizadas em regiões terminais de cromossomos acrocêntricos em todos os citótipos, sendo que nos citótipos de 46 e 48 cromossomos foram vistas também nos cromossomos Bs e nas regiões terminais de cromossomos subtelocêntricos. Na morfometria geométrica foi possível ver uma certa estruturação dos indivíduos de 50 cromossomos em relação aos indivíduos de 46 e 48 cromossomos, independente da população em que foram coletados. Existem sutis diferenças entre os cariótipos de 2n = 46/47 e 48, assim como nos dois cariótipos de 2n = 50, porém nota-se diferenças significativos entre os cariótipos de 2n = 46/47 e 48 em relação aos de 2n = 50, sendo que os padrões de heterocromatina, e a localização dos indivíduos no morfoespaço da morfometria geométrica, seguem essa mesma tendência. A correlação entre os resultados encontrados na citogenética e morfometria geométrica demonstram a presença de pelo menos dois agrupamentos cariotípicos distintos, que podem na verdade representar diferentes espécies.
Palavras-chave bandamento C, morfometria, scabripinnis
Forma de apresentação..... Oral
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