Resumo |
Lagartas broqueadoras causam prejuízos à cultura do tomate. A Helicoverpa armigera é uma praga severa. Os primeiros registros desta praga no Brasil foram na safra 2012/2013, que até então era considerada uma praga quarentenária A1, com ocorrência nos estados do Maranhão, Piauí, Bahia, Mato Grosso do Sul e Paraná (Glycine max), Goiás (Solanum lycopersicum e Glycine max), Bahia e Mato Grosso (Gossypium hirsutum, Glycine max e Zea mays) , e o controle químico é o principal método utilizado pelos produtores, entretanto, uso excessivo deste método causa vários problemas, como a seleção de insetos resistentes. Plantas resistentes podem ser utilizadas como alternativa ao uso de inseticidas. Objetivou-se selecionar acessos de tomate Solanum ssp. às lagartas Helicoverpa. armigera, sob mecanismos de resistência por antibiose. Para tanto utilizou-se dois bio-ensaios, com acessos adquiridos junto ao Banco de Germoplasma de Hortaliças (BGH/UFV), o primeiro na Universidade Federal de Viçosa – Campus de Rio Paranaíba e contava com 9 tratamentos (8 acessos BGH-UFV + ‘Santa Clara’) e 4 repetições com delineamento experimental em blocos casualizados. Laboratório de Genética e Biotecnologia (GENEB) situado no Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM) localizado na cidade de Patos de Minas, MG, para a realização do segundo ensaio contou com 9 tratamentos e 20 repetições em delineamento inteiramente casualizado. Os parâmetros biológicos avaliados foram: razão sexual, duração em dias por estagio de desenvolvimento, número e porcentagem de deformações de indivíduos, ganho de massa e diário e total e, sobrevivência e mortalidade de indivíduos. Os acessos de Solanum lycopersicum apresentaram variações nos níveis de resistência de acordo com o parâmetro biológico avaliado. Os acessos BGHs apresentaram efeitos negativos sobre parâmetros biológicos da praga, evidenciando categoria de resistência antibiótica. Os BGHs 985, 2029, 2030, 2100 e 2121 foram resistentes ao ataque de H. armigera. |