ISSN | 2237-9045 |
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Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Graduação |
Modalidade | Pesquisa |
Área de conhecimento | Ciências Biológicas e da Saúde |
Área temática | Ecologia e biogeografia |
Setor | Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde |
Conclusão de bolsa | Não |
Primeiro autor | Jessica Cintia de Lima Castro |
Orientador | SABRINA DA SILVA PINHEIRO DE ALMEIDA |
Outros membros | Caroline Antunes Sabino Lana, Marcos Bruno da Silva |
Título | Influência do manejo das entrelinhas do café na diversidade de insetos |
Resumo | O “manejo do mato” é uma técnica visa que transformar o crescimento de ervas daninhas e outros vegetais nas entrelinhas do café, em um aliado da plantação por promover uma maior biodiversidade no cafezal, além auxiliar na conservação do solo, incrementar a fertilidade e alta produtividade devido a maior cobertura do solo. Muitos insetos, associados a esses vegetais, são considerados pragas da lavoura, no entanto, apenas uma pequena porcentagem deles é prejudicial à produção vegetal. A maioria é importante para diversas funções ecológicas como a polinização, ciclagem de nutrientes e aeração do solo. Nosso trabalho tem como objetivo avaliar a estrutura da comunidade de insetos em entrelinhas de café roçadas (conhecidas popularmente como beca limpa) e entrelinhas de café não roçadas (beca suja). Nossas hipóteses são de que a “beca suja” terá uma maior diversidade de insetos que a beca limpa e de que a composição de espécies será diferente nos dois tipos de tratamento. Nosso trabalho foi realizado em uma fazenda de café no município de Tiros-MG, Alto Paranaíba durante o mês de janeiro de 2017. Foram utilizadas armadilhas do tipo pitfall, contendo água, sal e detergente. Os pitfalls foram dispostos em 4 quadrantes, distante entre si 50m. Cada quadrante era composto de 4 transectos, 2 de beca limpa e 2 de beca suja, com 4 pitfalls em cada transecto, totalizando 64 armadilhas que foram deixadas no campo por 48h. Coletamos um total de 101 morfoespécies de insetos e 970 indivíduos, distribuídos em 7 ordens: Coleoptera (33 morfoespécies), Hymenoptera (28 morfoespécies), Diptera (16 morfoespécies), Hemiptera (12 espécies), Orthoptera (6 morfoespécies), Lepidoptera (3 morfoespécies), Blattodea (3 morfoespécies). Na beca suja, coletamos 526 indivíduos de 79 espécies (índice de Shannon= 3,518); na beca limpa, coletamos 444 indivíduos de 61 espécies (índice de Shannon= 3,22). Na beca suja encontramos 40 espécies exclusivas desse manejo, enquanto na beca limpa encontramos apenas 22 espécies exclusivas. O que podemos observar com esses resultados é que o manejo onde a entrelinha não é roçada, existe uma maior diversidade de insetos, e que a composição de espécies da entrelinha roçada é uma subamostra da entrelinha onde ocorre a cobertura vegetal do solo pela vegetação não-roçada. Essa maior biodiversidade acarreta em maior qualidade e estabilidade do ecossistema agrícola, que pode beneficiar a lavoura na aquisição de inimigos naturais das pragas do café. |
Palavras-chave | Entomofauna do café, manejo do mato, Alto Paranaíba |
Forma de apresentação..... | Painel |