Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

24 a 26 de outubro de 2017

Trabalho 9157

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ecologia e biogeografia
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Jessica Cintia de Lima Castro
Orientador SABRINA DA SILVA PINHEIRO DE ALMEIDA
Outros membros Caroline Antunes Sabino Lana, Marcos Bruno da Silva
Título Influência do manejo das entrelinhas do café na diversidade de insetos
Resumo O “manejo do mato” é uma técnica visa que transformar o crescimento de ervas
daninhas e outros vegetais nas entrelinhas do café, em um aliado da plantação por
promover uma maior biodiversidade no cafezal, além auxiliar na conservação do solo,
incrementar a fertilidade e alta produtividade devido a maior cobertura do solo. Muitos
insetos, associados a esses vegetais, são considerados pragas da lavoura, no
entanto, apenas uma pequena porcentagem deles é prejudicial à produção vegetal. A
maioria é importante para diversas funções ecológicas como a polinização, ciclagem
de nutrientes e aeração do solo. Nosso trabalho tem como objetivo avaliar a estrutura
da comunidade de insetos em entrelinhas de café roçadas (conhecidas popularmente
como beca limpa) e entrelinhas de café não roçadas (beca suja). Nossas hipóteses
são de que a “beca suja” terá uma maior diversidade de insetos que a beca limpa e de
que a composição de espécies será diferente nos dois tipos de tratamento. Nosso
trabalho foi realizado em uma fazenda de café no município de Tiros-MG, Alto
Paranaíba durante o mês de janeiro de 2017. Foram utilizadas armadilhas do tipo
pitfall, contendo água, sal e detergente. Os pitfalls foram dispostos em 4 quadrantes,
distante entre si 50m. Cada quadrante era composto de 4 transectos, 2 de beca limpa
e 2 de beca suja, com 4 pitfalls em cada transecto, totalizando 64 armadilhas que
foram deixadas no campo por 48h. Coletamos um total de 101 morfoespécies de
insetos e 970 indivíduos, distribuídos em 7 ordens: Coleoptera (33 morfoespécies),
Hymenoptera (28 morfoespécies), Diptera (16 morfoespécies), Hemiptera (12
espécies), Orthoptera (6 morfoespécies), Lepidoptera (3 morfoespécies), Blattodea (3
morfoespécies). Na beca suja, coletamos 526 indivíduos de 79 espécies (índice de
Shannon= 3,518); na beca limpa, coletamos 444 indivíduos de 61 espécies (índice de
Shannon= 3,22). Na beca suja encontramos 40 espécies exclusivas desse manejo,
enquanto na beca limpa encontramos apenas 22 espécies exclusivas. O que podemos
observar com esses resultados é que o manejo onde a entrelinha não é roçada, existe
uma maior diversidade de insetos, e que a composição de espécies da entrelinha
roçada é uma subamostra da entrelinha onde ocorre a cobertura vegetal do solo pela
vegetação não-roçada. Essa maior biodiversidade acarreta em maior qualidade e
estabilidade do ecossistema agrícola, que pode beneficiar a lavoura na aquisição de
inimigos naturais das pragas do café.
Palavras-chave Entomofauna do café, manejo do mato, Alto Paranaíba
Forma de apresentação..... Painel
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