Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

24 a 26 de outubro de 2017

Trabalho 9150

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Microbiologia
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor João Rafael Mena Romeiro
Orientador MARLON CORREA PEREIRA
Outros membros Carla Caloni Custódio, MARCOS ROGERIO TOTOLA, MAURICIO DUTRA COSTA, Vanessa Mendes Silva
Título Potencial de microrganismos endofíticos de raíz em promover crescimento de orquídeas
Resumo O desenvolvimento das orquídeas na natureza depende da associação com vários microrganismos. Fungos endofíticos micorrízicos e não micorrízicos trazem vários benefícios, auxiliando na obtenção de nutrientes e possibilitando a germinação das sementes. Bactérias endofíticas e rizosféricas auxiliam na nutrição pela fixação de nitrogênio (FN) e solubilização de fósforo (SF), além da produção de fitohormônios (PFH). O presente trabalho teve por objetivo estudar a associação de raízes de orquídeas com microrganismos endofíticos. Foram estudadas as orquídeas Cattleya brevipedunculata, Grobya cipoensise e Prosthechea pachysepala, epífitas de Vellozia gigantea nativas de um afloramento rochoso da Serra do Cipó/ MG. O número de orquídeas sobre diferentes indivíduos de V. gigantea foi avaliado para calcular frequência e abundância das orquídeas. Raízes saudáveis foram amostradas para análise da colonização micorrízica e isolamento dos microrganismos. Os fungos endofíticos foram isolados e caracterizados morfologicamente. Estimou-se a diversidade dos fungos a partir das características morfológicas. O potencial de induzir a germinação de sementes de orquídeas foi avaliado em fungos representativos. Bactérias endofíticas e rizosféricas foram quantificadas pelo método de Número Mais Provável (NMP) em três meios para bactérias fixadoras de N, para posterior isolamento e caracterização cultural. Culturas bacterianas representativas foram selecionadas para testes de SF e PFH, e posterior identificação pela sequencia parcial do gene 16S. A presença de fungos micorrízicos foi confirmada pela observação de estruturas características no córtex radicular, os pelotons. A presença de pelotons digeridos confirmou o metabolismo micoheterotrófico das plantas – obtenção de nutrientes através da digestão de hifas fúngicas. C. brevipedunculata apresentou maior abundância e frequência, o que pode estar relacionado com sua associação a uma maior diversidade de fungos endofíticos. Nenhum isolado germinou sementes dessa orquídea, sugerindo grande especificidade no início do seu desenvolvimento. Três fungos rizoctonióides germinaram sementes da planta controle E. secundum. A importância da associação com fungos endofíticos foi confirmada pela colonização das raízes e pela germinação de sementes. O NMP de bactérias rizosférica e endofítica diferiu entre as plantas. O NMP de bactérias endofítica foi menor em G. cipoensis. As bactérias foram agrupadas em seis morfotipos. A composição da comunidade bacteriana, considerando os morfotipos, era mais semelhante entre orquídeas crescendo sobre um mesmo indivíduo de V. gigantea. As culturas bacterianas apresentaram resultado positivo para SF e PFH (ácido indolacético e giberelinas). As bactérias pertenciam aos gêneros Bacillus, Burkholderia e Paenibacillus, sendo Burkholderia frequentemente relatada como endofítica e fixadora de N. A habilidade de FN, SF e PFH confirma o potencial das bactérias em promover o crescimento de plantas.
Palavras-chave micorriza, produção de fito hormônio, fixação de nitrogênio
Forma de apresentação..... Painel
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