Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

24 a 26 de outubro de 2017

Trabalho 9133

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Genética e melhoramento animal
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Snaydia Viegas Resende
Orientador KARINE FREHNER KAVALCO
Outros membros RUBENS PAZZA
Título Transferibilidade de loci microssatélites em Brycon nattereri, uma espécie ameaçada de extinção.
Resumo Brycon nattereri, conhecida popularmente como pirapitinga, é uma espécie de peixe de médio a grande porte distribuída por diversos afluentes dos rios Paraná e São Francisco. Juntamente com outras espécies do gênero, é considerada Vulnerável de acordo com a portaria 445 do Ministério do Meio Ambiente, de 15 de dezembro de 2014. Entre as principais causas da redução populacional nos locais de ocorrência, estão o represamento de rios e a degradação da mata ciliar, uma vez que habitam preferencialmente ambientes lóticos, com leito rochoso e límpido e têm uma dieta diversificada, mas baseada principalmente em material alóctone. No Livro Vermelho é explicitada a importância da identificação de populações saudáveis da espécie e, para este fim, estudos genéticos são primordiais. Os microssatélites são marcadores moleculares amplamente utilizados para análises de diversidade genética, uma vez que apresentam altos níveis de polimorfismo alélico e permitem a diferenciação de heterozigotos. A amplificação cruzada é uma técnica que utiliza primers desenvolvidos a partir de DNA de uma espécie em outras proximamente relacionadas. Ela torna o custo do marcador, geralmente elevado, mais baixo. Assim, o objetivo do presente trabalho foi testar a transferibilidade de loci microssatélites em populações de B. nattereri das bacias dos rios Paraná e São Francisco. Foram coletados indivíduos em duas localidades pertencentes à bacia Paraná (Córrego do Salto e Ribeirão de Fora) e uma da bacia do São Francisco (Córrego da Espinha) do entorno da cidade de Rio Paranaíba, MG. Para verificar a transferibilidade e existência de polimorfismo alélico, foram testados em cinco indivíduos por população, dezesseis primers obtidos de B. opalinus, B. cephalus e B. hilarii com diferentes temperaturas de anelamento para cada um. A visualização dos produtos de PCR foi feita em gel de agarose 4%, e o mesmo foi posteriormente fotodocumentado. Quatro loci apresentaram polimorfismo alélico (BOM 5, BC48-6, BOM 12, BH13) e outros três se apresentaram monomórficos (BOM 2, BC48-10, BH 16) para B. nattereri. Os outros nove primers não amplificaram satisfatoriamente nas condições de reação e temperaturas de anelamento testadas. Em estudos com B. insignis e B. orbignyanus utilizando a mesma metodologia, foram identificados aproximadamente o mesmo número de loci polimórficos que o obtido neste trabalho. Assim, conclui-se que existe transferibilidade de loci das espécies das quais foram obtidos os primers e B. nattereri. Esses resultados serão utilizados para cálculos de diversidade genética e outros índices, como endogamia, que são essenciais para avaliar a vulnerabilidade das populações ameaçadas e, dessa forma, traçar planos de conservação e manejo.
Palavras-chave marcador molecular, diversidade genética, conservação
Forma de apresentação..... Painel
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