Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

24 a 26 de outubro de 2017

Trabalho 9068

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Genética e melhoramento animal
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Matheus Lewi Cruz Bonaccorsi de Campos
Orientador RUBENS PAZZA
Outros membros Igor Henrique Rodrigues Oliveira, KARINE FREHNER KAVALCO, Marcos Aurélio da Silva, Renan Rodrigues Rocha
Título Diversidade cromossômica e fenotípica em Astyanax rivularis, bacia do rio São Francisco
Resumo Astyanax engloba aproximadamente 230 espécies de peixes conhecidos como lambaris. No gênero, A. rivularis é endêmico da bacia do rio São Francisco. A partir de estudos cariotípicos pode-se comparar indivíduos, espécies e populações, e, assim, avaliar a diversidade cromossômica do grupo. Neste trabalho, peixes foram coletados e identificados como A. rivularis em diferentes afluentes do rio São Francisco, sendo eles o Córrego Lage (Arapuá-MG) e os córregos Lambari e Tiros (Tiros-MG). Cromossomos mitóticos foram obtidos a partir da técnica de air drying e corados com coloração convencional por Giemsa. O bandamento-C foi realizado para detecção de heterocromatina constitutiva, seguido da FISH (hibridização fluorescente in situ) com sondas de rDNA 5S e 18S e o repetitivo As-51. As metáfases obtidas foram fotografadas com câmera em fotomicroscópio e analisadas para montagem de cariótipos. Além disso, foi feita morfometria geométrica dos indivíduos: foram marcados 14 landmarks em cada indivíduo pelo programa TPSdig. Com o PAST foi feita a Análise Generalizada de Procrustes para posterior realização da Análise de Variação Canônica, visando observar a estruturação dos grupos. No Lage, os espécimes apresentaram os citótipos 2n=46 (6m+30sm+10st/a), 2n=47 (6m+31sm+10st/a), 2n=48 (6m+28sm+14st/a), 2n=50 (6m+28sm+16st/a). Para o córrego Tiros obteve-se 2n=46 (6m+28sm+12st/a) e 2n=47 (7m+28sm+12st/a) e, finalmente, no arroio do Lambari, encontrou-se 2n=46 (6m+30sm+10st/a) e 2n=47 (7m+30sm+10st/a). A banda-C revelou grandes e pequenos blocos heterocromáticos terminais nos citótipos analisados. Os sítios 5S da FISH se mostraram conservados, enquanto que o 18S e o As-51 apresentaram polimorfismo. Como resultado das análises da morfometria geométrica, a CVA demonstrou que as populações de Tiros, Lage e Lambari apresentaram um alto grau de sobreposição, indicando que são populações morfologicamente quase indistintas. A partir destes dados, 2n=46 foi assumido como padrão, sendo, juntamente com o 2n=48, uma forma derivada quando em comparação ao 2n=50, descrito como ancestral para o gênero. De acordo com a banda-C, o citótipo 2n=47 trata-se do 2n=46 com a presença de um cromossomo B, sendo este heterocromático. O polimorfismo de 18S e As-51 encontrado, juntamente com as variações cariotípicas em si, provavelmente devem-se a fixação de diferentes rearranjos robertsonianos, visto que cada riacho apresenta características próprias. Em contrapartida, a partir das análises de morfometria geométrica, acredita-se que o agrupamento destas populações a partir do shape deve-se a modulação deste pelo ambiente. Com isso, sugere-se que o número cromossômico não esteja sob seleção, o que reflete na flutuação e existência da diversidade cariotípica encontrada. Ao passo que, como todas as populações vivem em ambiente do tipo fluvial, pressões semelhantes são exercidas de forma que o plano de construção corporal dos espécimes seja convergente.
Palavras-chave Citogenética, Morfometria geométrica, Peixes.
Forma de apresentação..... Painel, Oral
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