Resumo |
Existem inúmeras formas para ensinar o tema solo tanto no meio urbano quanto no meio rural, e uma abordagem interdisciplinar faz com que os alunos adquiram maior interesse no estudo do solo e consigam melhor entender o papel e as funções que exerce no meio ambiente, permitindo a aquisição e aumento da necessária consciência ecológica. O Projeto de Extensão Universitária Solo na Escola foi inicialmente desenvolvido pelo Departamento de Solos e Engenharia Agrícola da UFPR e têm sido praticado por vários núcleos universitários por todo Brasil, com o objetivo de dar um tratamento simplificado aos assuntos tratados, como uma maneira de maximizar a sua compreensão, porém sem descuidar do rigor científico. Em Rio Paranaíba, foi formado um grupo com alunos do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal de Viçosa- Campus Rio Paranaíba e estudaram-se condições de viabilizar o projeto nas escolas da cidade. Inicialmente foi exposto o projeto para a diretoria da Escola Estadual Doutor Adiron Gonçalves Boaventura e junto aos professores de Ciências e Geografia, elaborou-se uma estratégia para aplicar o projeto para nove turmas entre o sexto e nono ano do ensino fundamental. O projeto consta de doze práticas (retenção da água pelo solo, porosidade do solo, conhecendo a composição do solo e suas diferentes texturas, salinidade do solo, erosão eólica e hídrica do solo, atividade microbiana no solo- respiração, pH do solo, infiltração e retenção de água no solo, coleção de cores de solos-colorteca, consistência do solo, ar do solo, cargas do solo). Foram montados quites práticos com materiais simples e com solos da região do Alto Paranaíba e Zona da Mata. As turmas continham no máximo vinte alunos, para que todos participassem das práticas de forma efetiva. O projeto teve boa aceitação pelos alunos e professores e continua em desenvolvimento, abrangendo outra escola a partir do mês de setembro de 2015. Apesar de sua importância, o espaço dedicado ao solo, no ensino fundamental e médio, é frequentemente nulo ou relegado a um plano menor, tanto na área urbana como rural e as experiências desenvolvidas mostraram que os alunos e professores podem ser estimulados a mudar este quadro, incluindo o solo dentro das preocupações ambientais da escola e, por extensão, da sociedade brasileira. |