Resumo |
A grande diversidade de insetos é percebida, classificada, conhecida e utilizada de diferentes maneiras por sociedades humanas. Por constituírem o grupo atual mais diversificado e por causa dos conceitos tão pejorativos atribuídos aos insetos, torna-se importante compreender a percepção e as interações homem-inseto. O conhecimento popular é o mais difundido na sociedade e surgi antes do conhecimento cientifico. A interação com o conhecimento popular “etnobiologia” acaba se tornando benéfica na construção de uma consciência de conservação ambiental. Considerando os aspectos afetivos, cognitivos e comportamentais da complexa relação dos seres humanos com os insetos, este projeto tem como principal objetivo realizar uma investigação etnoentomologica junto a moradores de Rio Paranaíba. A questão da preservação do bioma Cerrado mostra-se fragilizada quando posta em conflito com a importância econômica da agropecuária na região. A conservação da fauna também se mostra complexa, pois os insetos são muitas vezes julgados pela população como sendo organismos que só provocam prejuízos. Nota-se que ainda permanecem algumas restrições a convivência e interação com os insetos. Entretanto, o conhecimento durante a fase escolar já foi capaz de gerar consciência da importância ecológica, econômica, valorização estética dos animais e especialmente a participação dos insetos na agricultura e agropecuária. Ainda sim, muitos alunos ainda confundem os insetos com outros grupos, principalmente outros artrópodes ou animais peçonhentos, o que dificulta a formação de um conceito mais positivo e receptivo acerca dos insetos. Neste trabalho, a primeira etapa foi a realização de um diagnostico acerca da percepção dos insetos por moradores de Rio Paranaíba, foram realizadas entrevistas abertas e rodas de conversa com o tema inseto. Na segunda etapa do projeto ainda em andamento propusemos estratégias de educação ambiental que fomentem as relações e interações dos insetos com o homem. Trabalhos estão sendo iniciados e desenvolvidos em salas de aula, como palestras temáticas, saídas de campo, montagem de coleções entomológicas nas escolas e elaboração de uma cartilha resgatando os valores etnoentomológicos do cerrado. |