Conexão de Saberes e Mundialização

20 a 23 de outubro de 2015

Trabalho 5375

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Ciência dos materiais
Setor Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas
Bolsa PIBEX
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro UFV
Primeiro autor Deborah Campos Cruz
Orientador CASSIANO RODRIGUES DE OLIVEIRA
Outros membros Ludmila Silva Luiz
Título Incorporação de resíduos de tratamento de água e de caldeira em materiais cerâmicos estruturais
Resumo Diante da crescente preocupação pela preservação do meio ambiente e leis cada vez mais rígidas de responsabilidades sobre o descarte dos resíduos sólidos, faz-se necessário a busca por alternativas tecnológicas inovadoras para gerenciar, destinar ou reaproveitar tais materiais. Uma proposta sustentável, é a utilização do lodo gerado nas Estações de Tratamento de Água (ETA's) e sílica ativa como matérias-primas na produção de bloco cerâmico, uma vez que o solo utilizado para manufatura do bloco cerâmico é composto em maior parte por argilas, também muito abundantes no lodo de ETA. A sílica ativa é um subproduto da indústria de ferro silício e silício metálico, constituído por partículas extremamente finas com mais de 80% de sílica amorfa, coletada na chaminé de exaustão. A sílica ativa adicionada no cimento, provoca reações com outros agregados formando um concreto de altíssima resistência. O presente trabalho tem como objetivo estudar a viabilidade da incorporação do lodo de ETA e da sílica ativa na massa utilizada para produção de blocos cerâmicos de alvenaria, em substituição à argila. As porcentagens incorporadas na massa dos blocos foi de 10% de lodo de ETA e 1% de sílica ativa. A argila, o lodo de ETA e a sílica ativa foram caracterizados por análises físico-químicas e mediu-se a resistência a compressão e a absorção de água nos blocos produzidos por essa mistura e os resultados obtidos foram comparados com os blocos de referência (blocos sem lodo e sílica). A partir das curvas granulométricas obtiveram-se as percentagens de areia, silte e argila presentes no lodo e no solo (usado na fabricação dos blocos cerâmicos). Através delas pode ser observado que ambos possuem argila majoritariamente em sua composição, sendo 41,3% em massa para o lodo e 38,4% para o solo, o que caracteriza ambos possivelmente como solos argilosos. Em termos granulométricos pode-se dizer que o lodo e o solo podem ser misturados sem que haja prejuízo aos blocos. A partir da análise dos gráficos referentes à espectroscopia de infravermelho, o espectro FT-IR de argila mostra banda intensa relativa ao estiramento de Si-O (830-1100 cm-1) e de flexão de Si-H (800-950 cm-1). Pode-se observar também estiramentos relativos à ligação SiO-H em torno de 3700 cm-1. O espectro FT-IR de lodo também mostra banda intensa relativa ao estiramento de Si-O (830-1100 cm-1) e de flexão de Si-H (800-950 cm-1). Também se repetem as bandas relativas ao estiramento da ligação SiO-H em torno de 3700 cm-1. A estas últimas, observa-se uma banda larga em torno de 3400 cm-1, relativo a estiramento O-H. A ligação O-H se deve à presença de água livre, confirmada pela presença da banda de flexão de O-H em 1635 cm-1. Desta forma, percebe-se que lodo e argila mostram-se muito semelhantes mecânica e quimicamente.
Palavras-chave Lodo, argila, blocos cerâmicos.
Forma de apresentação..... Painel, Oral
Gerado em 0,63 segundos.