Resumo |
O Brasil é o oitavo maior produtor de tomate com cerca de 63 mil hectares cultivados, com produção que atinge a 3,5 milhões de toneladas, o que significa uma média de 56 t/ha ou seja o dobro da média da produtividade mundial, que chega a 27 t/ha. Embora sejam cultivados no Brasil a adequação de práticas culturais como tutoramento, condução de plantas e densidade de plantio é importante para a qualidade e aparência dos frutos de tomate, agregando valor e consequentemente maior lucratividade. O tutoramento e a condução de plantas podem maximizar a captação da radiação solar e a ventilação ao longo do dossel, influenciando na umidade relativa e a disponibilização de gás carbônico atmosférico às plantas. Outro método de tutoramento é o vertical, onde as plantas são amarradas verticalmente a tutores como bambu ou fitilho. Como vantagens neste tutoramento pode-se citar a otimização da distribuição da radiação solar e ventilação, menor período de molhamento foliar e maior eficiência de controle fitossanitário O objetivo foi avaliar as características vegetativas do tomateiro em diferentes sistemas de condução. O experimento foi conduzido na Universidade Federal de Viçosa campus Rio Paranaíba, Minas Gerais. O plantio foi realizado 30 dias após a semeadura. Foi utilizado o híbrido comercial Forty. Os tratamentos foram dispostos no DBC, com 4 tratamentos e 4 repetições com 6 plantas por repetição. Os tratamentos foram fitilho (1,20x0,5m), bambu (1,20x0,5m), Viçosa 20 (2,00x0,5m)) e Viçosa 50 (2,00x0,5m). As características avaliadas foram altura e número de folhas. As avaliações foram feitas quinzenalmente. Os tratos culturais como capinas, desbrotas, amarrios e o controle de pragas e doenças foram realizados conforme recomendação para a cultura. A irrigação foi feita pelo sistema de gotejamento. Os dados foram submetidos à análise de variância e teste de médias Tukey a 5 %. O crescimento e o número de folhas apresentaram respostas diferentes ao longo das avaliações, com isso, verificou-se diferença significativa em relação a altura entre os tratamentos aos 50 dias após o transplantio (F(3, 15)=6,90; p<0,0001), porém não verificou diferença estatística aos 45 (F(3, 15)=3,17; p≥0,05) e 60 dias (F(3, 15)=1,17; p≥0,05). O tomateiro apresentou maior crescimento nos tratamentos sistema Viçosa 20 e 50. Em relação ao número de folhas, verificou-se diferença estatística aos 50 dias após o transplantio (F(3, 15)=5,03; p<0,0001), sendo o que teve maior destaque foi o sistema Viçosa 50. Conclui-se que o sistema Viçosa 50 apresentou destaque em relação a todas as características avaliadas. |