Resumo |
A soja (Glycine max) é um dos mais importantes cereais cultivados no mundo. A produção mundial é de 284 milhões de toneladas, sendo o Brasil o segundo maior produtor mundial do grão. A redução ou aumento de produtividade pode estar associado a perdas causadas por insetos pragas e o aumento do custo de produção, advindos por estes insetos. Anos atrás, a agricultura possuía um padrão definido do ataque de pragas, onde as pragas estavam em suas lavouras definidas. Entretanto, uma nova praga quarentenária presente no Brasil, Helicoverpa armigera têm ocasionado sérios danos aos produtores de soja de todo o país. As lagartas de H. armigera podem se alimentar tanto dos órgãos vegetativos como reprodutivos de várias espécies de plantas de importância econômica, mas tem preferência pelas estruturas reprodutivas como botões florais, frutos, maçãs, espigas e inflorescências, causando deformações ou podridões nestas estruturas ou até mesmo a sua queda. Para o desenvolvimento de programas de manejo integrado de pragas (MIP) para estas lagartas agressivas torna-se necessário que se desenvolvam pesquisas que dêem suporte à manipulação dos fatores que influenciam a intensidade de ataque dessas pragas. Assim, objetivou-se nesse trabalho selecionar melhor técnica de amostragem e determinar a sazonalidade de H. armigera em cultivo de soja. Os experimentos foram conduzidos em condições de campo no município de Rio Paranaíba, MG. Foram feitas avaliações durante duas safras 2013/2014 e 2014/2015, na primeira avaliou-se quatro lavouras e na segunda três. Na determinação da melhor técnica de avaliar as densidades de H. armigera avaliaram-se lagartas utilizando a técnica de contagem direta com bandejas de plástico branco em três diferentes dimensões, mais o pano de batida. Além do mais, registrou os tempos e calculou os custos de cada sistema de amostragem. O estudo de sazonalidade foi conduzido em talhões de 10 ha, a coleta dos dados foi realizada semanalmente a partir da fase vegetativa até a reprodutiva da soja (V1 – R8) através da técnica batida de bandeja, selecionada no item anterior, registrando-se o número de lagartas/técnica. Os dados de velocidade do vento, precipitação pluviométrica e temperatura do ar, durante todo o período experimental foram monitorados diariamente através da estação meteorológica da Universidade Federal de Viçosa Campus Rio Paranaíba. De forma geral, determinou-se que a melhor técnica de amostragem é a batida de bandeja branca (44 cm de comprimento x 28 cm de largura x 7,5 cm de profundidade) e custo de R$ 11,37. E que a sazonalidade de H. armifera é influenciada pela temperatura e a umidade relativa, onde na safra 2013/2014 estas condições foram favoráveis e na safra 2014/2015 desfavoráveis. |