Conexão de Saberes e Mundialização

20 a 23 de outubro de 2015

Trabalho 5329

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Alimentos, nutrição e saúde humana
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Even Jheice Calixto Oliveira
Orientador LUCIANA RESENDE CARDOSO JULIO
Título Estudo do comportamento alimentar de estudantes durante intercâmbio internacional
Resumo Introdução: O intercâmbio contribui para a expansão dos horizontes dos estudantes, possibilitando contato com pessoas de diversos países, o que os aproximam de grandes parcerias profissionais. Porém o comportamento alimentar tende a sofrer influências de vários fatores como: idioma, ambiente educacional, adaptação psicossocial e sociocultural, dentre outros, que podem implicar em alterações, muitas vezes negativas, no hábito alimentar. Objetivo: Este estudo visa analisar o comportamento alimentar de estudantes da Universidade Federal de Viçosa – campus Rio Paranaíba (UFV-CRP) durante intercâmbio internacional. Metodologia: 45 alunos ex-intercambistas foram convidados a responder um questionário adaptado a partir de outros validados, como o Questionário Holandês de Comportamento Alimentar e a Escala de Compulsão Alimentar Periódica, entre os dias 24 e 27 de agosto de 2015. Resultados: Do total de estudantes convidados, 66,7% (n=30) responderam o questionário, sendo 53,3% homens (n=16) e 46,7% mulheres (n=14) entre 20 e 25 anos. Os países de intercâmbio foram: Estados Unidos (60%, n=18), Irlanda (10%, n=3), Austrália (6,7%, n=2), Hungria (6,7%, n=2), Portugal (3,3%, n=1), Canadá (3,3%, n=1), Noruega (3,3%, n=1), Inglaterra (3,3%, n=1) e França (3,3%, n=1), com duração de 7-18 meses. Evidenciou-se que 86,7% (n=26) apresentaram mudanças em seus hábitos alimentares, sendo 60% (n=18) negativas, como consumo de fast-foods e outros alimentos não saudáveis; 20% (n=6) melhoraram a qualidade da alimentação e 20% apontaram ter vivenciado ambas situações ou nenhuma mudança. 33,3% (n=10) relataram aumento de peso de até 5Kg, 26,7% (n=8) entre 5 e 10Kg e 13,3% (n=4) mais de 10Kg; 6,7% (n=2) emagreceram até 10Kg. Os locais de maior consumo alimentar eram em restaurante ou em refeitório na Universidade (60%, n=18) e o restante em casas. Os estudantes relataram ter sentido mais falta de comidas brasileiras, como arroz, feijão, temperos, pão de queijo e variedades de hortifruti. Além disso, notaram aumento de consumo de frituras, bacon, cookies, doces e massas, entre outras comidas usuais estrangeiras. 63,3% (n=19) relataram que tinham o hábito de comer por impulso ou quando estavam chateados, no entanto tentavam usar outra atividade como distração. Os aspectos que mais influenciaram o comportamento alimentar dos estudantes foram: vontade de experimentar comidas típicas de outros países, stress, ansiedade, depressão e similares, que os abalavam emocionalmente e estarem acompanhados de amigos e na falta de oferta de alimentos saudáveis, ocasionando em todos estes fatores o aumento da ingestão alimentar. Todos os estudantes relataram melhora ou retorno de seus hábitos alimentares após regressar ao Brasil. Conclusão: Verifica-se que a mudança para um novo país, na maioria dos estudantes, gerou alterações comportamentais que implicaram em hábitos alimentares menos saudáveis e no ganho considerável de peso corporal durante o intercâmbio internacional.
Palavras-chave comportamento alimentar, intercâmbio internacional, aumento de peso
Forma de apresentação..... Painel, Oral
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