Conexão de Saberes e Mundialização

20 a 23 de outubro de 2015

Trabalho 5294

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agricultura, agroecologia e meio ambiente
Setor Instituto de Ciências Agrárias
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Carlos Diego da Silva
Orientador RENATO ADRIANE ALVES RUAS
Outros membros Felipe Santinato , Roberto Santinato
Título Influência Morfológica da Colheita em Plantas de café
Resumo A colheita do café, seja manual ou mecanizada, provoca danos às plantas de diversas formas. O processo de retirada de frutos promove desfolhamento, danos diretos nos botões florais, além da quebra e remoção de ramos plagiotrópicos. Assim, a planta poderá produzir menos na safra seguinte, uma vez que utilizará parte de suas reservas para a recomposição de suas partes vegetativas em detrimento da produção de novos frutos. Caso não haja reservas, as plantas acabam por abortar parte de sua produção. Tal fato, evidencia a importância da manutenção da área foliar no período de pós colheita. Os danos provocados às plantas decorrentes da colheita manual são em torno de 0,753 kg planta-1 e os da colheita mecanizada são variáveis, a depender do número de operações da colhedora, vibração das hastes e velocidade operacional. Portanto, objetivou-se com este trabalho, avaliar a influência morfológica que a utilização de repetidas operações da colhedora e a colheita manual promovem no cafeeiro. Comparou-se as colheitas mecanizadas com uma a seis operações da colhedora, utilizando colhedora KTR e a colheita manual, em lavouras de carga inicialmente alta e inicialmente intermediária. Utilizou-se delineamento experimental de blocos ao acaso e quatro repetições. Avaliaram-se os danos provocados às plantas, enfolhamento ao longo de 270 dias e a composição morfológica dos ramos dos cafeeiros. Na lavoura de carga inicial alta, a colheita mecanizada com uma operação da colhedora proporcionou menores danos causados às plantas, sendo 41,9% inferior que a colheita manual, na lavoura de carga inicial intermediária o dano foi 30,96% a menos em comparação com a colheita manual. A colheita com duas operações da colhedora promoveu danos causados às plantas semelhantes à colheita manual, tanto para, lavoura de carga inicial alta e intermediária. A partir de três operações, a colheita mecanizada danificou mais os cafeeiros que a colheita manual, de 31,1 a 49,4%, e em lavoura de carga inicial intermediária houve um acréscimo de 28,36% nos danos causados às plantas. As colheitas com cinco e seis operações apresentaram a mesma quantidade de danos causados às plantas. Nota-se que, na lavoura de carga inicial alta, logo após a colheita, o enfolhamento foi menor onde se utilizaram repetidas operações da colhedora, obtendo valores de 21,79 a 46,6%. Após 90 e 180 dias, verifica-se que a diferença de enfolhamento entre os tratamentos diminuiu consideravelmente, de forma que os valores ficaram próximos. Na última avaliação realizada (270 dias após a colheita) verificou-se que o enfolhamento foi semelhante em todos os tratamentos. Pode-se substituir a colheita manual pela colheita mecanizada utilizando até duas operações da colhedora, independentemente da carga de café, sem que haja aumento na quantidade de danos promovidos às plantas.
Palavras-chave colheita mecanizada, danos às plantas, morfologia do cafeeiro.
Forma de apresentação..... Painel
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