Resumo |
A educação nutricional visa à promoção da saúde por meio do desenvolvimento de habilidades e da capacidade de escolher e ingerir alimentos saudáveis. Para realizar a educação nutricional faz-se necessário o emprego de estratégias didáticas que contribuam para a construção do conhecimento, o que, nos dias atuais, pode ser conseguido com auxílio de ferramentas digitais. Crianças portadoras de deficiências cognitivas tendem a concentrarem mais quando colocadas em contato com aplicativos computacionais, os quais motivam seu manuseio e estimulam a atividade cerebral. O presente trabalho teve por objetivo desenvolver recursos interativos e lúdicos destinados à educação nutricional de portadores de déficits cognitivos, na forma presencial e digital. Ele foi dividido em 3 etapas: 1) Elaboração de atividades presenciais destinadas à crianças e adolescentes vinculados à APAE de Rio Paranaíba, MG (n=20). Tais atividades consistiram em: semáforo da alimentação, pirâmide alimentar, dominó, jogo da memória, teatro, apresentação de vídeo animado, contação de histórias, montagem do prato saudável e cozinha experimental com preparo de receitas culinárias. Utilizou-se fichas avaliativas para mensurar o ganho de conhecimento dos voluntários, sendo observado que o maior número de acertos foi referente às dinâmicas: jogo da memória, semáforo da alimentação e vídeo, os quais apresentaram 100% de acertos, seguidos por dominó e teatro (91,3%). Constatou-se que quando as atividades foram interativas e lúdicas o número de acertos foi maior. Pode-se observar que a cozinha experimental foi um espaço de aprendizagem, onde além das receitas saudáveis, puderam ser trabalhos aspectos relacionados a leitura e à matemática. 2) Diante desses resultados, foram elaborados 20 jogos e encaminhados à CEAD da UFV para a produção digital dos mesmos. Nesses jogos foi trabalhada a educação nutricional de forma a estimular os processos de leitura, escrita, cálculos matemáticos, raciocínio lógico, coordenação motora e concentração. Exemplos de jogos elaborados: Jogo da memória das frutas; Dominó das frutas; Semáforo dos alimentos; Aprendendo a ser chef; Imagem escondida; Labirinto; Jogo de adivinhação; Palavra cruzada; Caça-Palavras e o Prato saudável. Os jogos já confeccionados na forma digital foram testados pelos voluntários e suas ineficiências foram registradas em fichas (dados em análise) para serem comunicadas a CEAD. 3) Consistirá na disponibilização dos jogos em sítio eletrônico, com o intuito de ampliar uso desse recurso a outras crianças e adolescentes. A utilização de jogos como recursos de educação nutricional tem mostrado ser uma estratégia eficiente para aumentar o conhecimento de portadores de deficiências cognitivas sobre alimentação saudável e contribuir para a sua autonomia e inclusão no mundo digital. Espera-se que o uso dessas ferramentas também possa ser uma boa estratégia para a promoção de escolhas alimentares saudáveis por portadores de déficits cognitivos. |